Pele de Gato

Pele de Gato
Samba Minha Vida

PELE DE GATO RECOMENDA

- Buraco do Galo - Em Oswaldo Cruz, Roda de Samba de primeira comandada por Edinho Oliveira com as maravilhosas Pastoras , ambiente familiar cerveja em garrafa e tira-gostos saborosos,vale apena conferir, todo primeiro sábado do mês - Rua Dna Vicência

- Sambastião - Na Rua do Russel - Glória , Roda de Samba apadrinhada por Ataulpho Alves Jr. acontece aos sábados na praça Luiz de Camões (grátis) horário de 15:00h as 22:00h. Cerveja gelada,caldos e tira-gostos maravilhosos.

- Terreiro de Crioulo - Na rua do Imperador 1075 - Realengo - acontece sempre nos segundos sábados de cada mês , muito partido Alto , Jongo e Sambas de Terreiros, a roda é comandada por Paulo Henrique Mocidade.

- Samba da Ouvidor - Esquina da Rua do Mercado e em frente a Rua do Ouvidor , acontece de 15 em 15 dias aos sábados com início ás 15:00h(confira datas no blog do Samba do Ouvidor)-

Vale a Pena Ver

- Noel Poeta da Vila -Filme contando parte da vida de Noel Rosa. -(Muito Bom)

- "O Mistério do Samba" - Documentário sobre a Velha Guarda da Portela. - (Ótimo)

- Música para os Olhos - Documentário sobre a vida de Cartola. - (Bom)
- Nas batidas do Samba - Documentário sobre a evolução do Samba.- (Ótimo)

- A Elegância do Samba - Documentário sobre a vida de Walter Alfaiate. - (Bom)

"UM SENHOR DE RESPEITO" - SÉRIE PUXANDO CONVERSA

PARTIDO ALTO

CLUBE DO SAMBA

O SAMBA É CARIOCA ????? PARTE 02


Pessoal, por um acaso lendo hoje este belo Post de André Carvalho no Blog O Couro do Cabrito, vejo que o que falei ontem não era exagero pois no dia 22 de setembro foi o centenário de Chico Santana (Grande Compositor e figura histórica da Portela) e a  homenagem que foi feita na Portelinha (antigo terreiro da Portela) não tinha (ou não foi citado) um único representante carioca. Abaixo segue o belo texto, as partes grifadas são para chamar a atenção de como o SAMBA CARIOCA está desvalorizado.
Acorda  Sambista Carioca

27 de setembro de 2011
De repente, encontrei-me na Portelinha, sede antiga da tradicional agremiação de Oswaldo Cruz. Confesso que senti uma grande emoção invadir-me o peito. Poucos lugares são tão representativos para o samba (música brasileira, cultura popular e verdadeira História do Brasil) como a quadra situada na Estrada do Portela, 446.  Local onde Paulo da Portela fez irradiar, para todo o Mundo do Samba, a civilidade. Foi lá que nasceram tantas e tantas pérolas de nosso cancioneiro. Sambas puros, espontâneos e sinceros. Feitos com o amor natural de quem gosta por que gosta, é inerente, sem explicação. Eles, os antigos portelenses, viveram o samba puro, espontâneo, sincero, de amor natural, inerente a vida, a cada dia e noite, inerente à própria respiração, batida de coração.

É a Velha Portela. E lá, a Portelinha é o espaço físico que representa isso tudo. É como se fosse um portal, uma representação real do irreal, do sonho, da imaginação. Porque somente na mais distante imaginação eu poderia viver o que vivi neste sábado que se passou. O desfecho de uma homenagem pura, espontânea, sincera, natural, ao centenário de Francisco Santana, glória do samba brasileiro, foi algo mágico. De fato, imaginávamos que seria algo jamais visto por nós, sambistas da nova geração, amantes da Velha Guarda e da linhagem de samba de terreiro que eles criaram e cultivaram em nossos sentimentos.

Não era por menos. Presentes ali, a fina flor da nova safra do samba brasileiro. Sim, porque quem trata o samba com o carinho e respeito que ele merece, sem encará-lo como um tipo de música qualquer, que pode ser tratado como mercadoria ou produto pseudocultural-comercial, só pode ser dignificado e louvado com toda a distinção e deve receber estes elogios sem falsa modéstia. Porque são batalhadores, legítimos guerrilheiros culturais. Roda de Samba de Uberlândia, Glória ao Samba (São Paulo), Samba de Terreiro de Mauá , Terra Brasileira (São Paulo) e Projeto Resgate (Rio Grande do Sul): autênticos sambistas. Com a civilidade que Paulo da Portela tanto apreciou.

Bambas como Alfredão, Careca, Alexandre, Luiz, de Sumaré, o pessoal da Baixada Santista, do Movimento Cultural @migos do Samba.com e outros concientes sambistas também se fizeram presentes. Áurea Alves, que tantou faz por este samba (do qual estamos falando) no Rio de Janeiro, ajudava a organizar tudo, retribuindo a satisfação que encontrou nas rodas de samba em São Paulo. Dona Neide, filha do mestre homenageado, esbanjava alegria. A Velha Guarda não deixou de aparecer: Monarco, Valdir 59 e Dona Eunice, viam naqueles jovens a sequência que não se deu com a juventude portelense, que toca a bateria no carnaval, mas não traz o samba no sangue. Não este samba.

Servida a macarronada, formou-se a roda. Então entoou-se:

Portela
Suas cores tem
Na bandeira do brasil
E no céu também
Avante portelense para a vitória
Não vê que o teu passado é cheio de glória
Eu tenho saudade
Desperta oh! grande mocidade
As suas cores são lindas
Seus valores não têm fim
Portela querida
És tudo na vida pra mim

Creio que lágrimas rolaram nos olhos de praticamente todos ali. Mesmo nos mais brutos. Neste momento, Dona Eunice levantou-se, ergueu os braços. Vibrava por dentro. Voltava no tempo. Sérgio Cabral, que tantou viveu este mágico Mundo do Samba, também esteve presente e afirmou o mesmo: era um tempo que já havia se passado que, de repente, voltava. Era novamente a realidade diante de seus olhos.

Samba atrás de samba, cantou-se e louvou-se Chico Santana. Com a emoção crescente, os sambistas ganharam a rua. Destino: Praça Paulo da Portela, com seu busto representando um verdadeiro herói brasileiros, desses que realmente merecem uma placa, uma estátua.

E cantava-se, por muitas e muitas vezes, cada vez por mais gente, com mais força, com mais tamborins, cavaquinhos, cuícas e pandeiros: "Tu que tinhas vida de fidalga, hoje vive a pão e água, coisa que me comoveu...". Os carros passavam, muitos com motoristas apressados, indiferentes a magia que se desenrolava no asfalto, sequer sabiam que naquele local a História se escreveu e, naquele 24 de setembro de 2011, novamente era escrita. Outros riam, gostavam, vibravam, diziam, apontando para estátua de Paulo: "Esse é o mestre".

A emoção era extrema, dezenas (seria uma centena?) de sambistas, naquele momento foliões, cantavam junto a Paulo da Portela. Seus sambas eram relembrados, a homenagem ao "pacificador" - como foi grafado na placa - mais pura, espontânea, sincera e natural acontecia ali. O momento foi tão sublime que, por algum tempo, não mais que dez minutos, choveu. Nada que atrapalhasse o samba. Pelo contrário, todos entendíamos que o céu também chorava de emoção.

O tempo parou naquele momento. Era o auge, o momento maior de uma homenagem que começou em Uberlândia, passou por São Paulo, Mauá, Porto Alegre e agora terminava na casa do centenário mestre homenageado.

Um momento marcante na História do Samba. Por que não dizer da História Contemporânea do Brasil. Afinal, são esses nossos heróis. Sambistas. Foi despertada uma nova grande mocidade.

Hoje, mais do que nunca, e para sempre, sou um portelense.

FEIJOADA AMIGOS DO SAMBA

Família e Amigos, dia 22/10 teremos a FEIJOADA AMIGOS DO SAMBA com muito samba,feijoada e cerveja gelada durante 5:00 h. Conto com a presença de todos e tb com a ajudo para divulgação, se possível colocar em seus Orkut's e facebook's o convite abaixo.
Um salve para todos.

 

SAMBA É CARIOCA ?????

Hoje em dia até parece que o bom Samba de Raiz não é feito no Rio de Janeiro , onde você vê um noticiário(TV,Revistas,Internet....) falando de rodas de samba a maioria não é no
Rio, falam de rodas em Minas, Espirito Santo,Rio Grande do Sul e principalmente em São Paulo mas no Rio pouca coisa, será que estão acabando?????Não ,o que falta é divulgação e interesse da mídia ,vejam bem , não estou falando de Sambistas e Grupos mas sim de RODAS de SAMBA onde o Povão pode se divertir,cantar e dançar de graça (0800) tomando sua cervejinha gelada (de preferência em garrafa). Precisamos seguir o exemplo de movimentos de resgate ao Samba que tinham e tem até hoje em São Paulo,sairmos mais  ,tocarmos mais em ruas , feiras, praças e quintais de portas abertas em vez de ficarmos presos a barezinhos como é feito na Lapa que para mim hoje é o túmulo do samba pois lá só se encontram grupos ensaiadinhos com  mauricinhos vestidos de "ripongas" que tocam samba por simples modismo e que só pisam no subúrbio no dia do SAMBA.Sei que parece um discurso comunista ,só que não, é apenas um grito de alerta para lembrar( com todo respeito as outras cidades) que o SAMBA É CARIOCA
Terreiro de Mauá - São Paulo
Glória ao Samba - São Paulo
Projeto Resgate - Rio Grande do Sul
Samba da Feira da Glória - Rio de Janeiro
Buraco do Galo - Oswaldo Cruz - Rio de Janeiro
Samba da Ouvidor - centro - Rio de Janeiro





MUITO OBRIGADO


UMA PEQUENA HOMENAGEM AOS MÉDICOS QUE SALVARAM MINHA VIDA POR ALGUMAS VEZES.
São Cosme e São Damião


Biografia
Há relatos que atestam serem originários da Arábia, de uma família nobre de pais cristãos, no século lll . Seus nomes verdadeiros eram Acta e Passio.
Estudaram medicina na Síria e depois foram praticá-la em Egéia. Diziam "Nós curamos as doenças em nome de JESUS CRISTO e pelo seu poder".Exerciam a medicina na Síria, em Egéia e na Ásia Menor, sem receber qualquer pagamento. Por isso, eram chamados de anargiros, ou seja, inimigos do dinheiro.
Cosme e Damião foram martirizados na Síria, porém é desconhecida a forma exata como morreram. Perseguidos por Diocleciano, foram trucidados e muitos fiéis transportaram seus corpos para Roma .Foram sepultados no maior templo dedicado a eles, feito pelo Papa Félix lV (526-30), na Basílica no Fórum de Roma com as iniciais SS - Cosme e Damião.

Relação com as Religiões Afro Brasileiras
O dia de São Cosme e Damião é celebrado também pelo Candomblé, Batuque, Xangô do Nordeste, Xambá e pelos centros de Umbanda onde são associados aos ibejis, gêmeos amigos das crianças que teriam a capacidade de agilizar qualquer pedido que lhes fosse feito em troca de doces e guloseimas. O nome Cosme significa "o enfeitado" e Damião, "o popular".
Estas religiões os celebram no dia 27 de setembro, enfeitando seus templos com bandeirolas e alegres desenhos, tendo-se o costume, principalmente no Rio de Janeiro, de dar às crianças que lotam as ruas em busca dos agrados, doces e brinquedos. Na Bahia, as pessoas comemoram oferecendo caruru, vatapá, doces e pipoca para a vizinhança.
A Igreja Católica Apostólica Romana celebra o dia dos santos no dia 26 de setembro.

JAQUEIRÃO DO ZECA


PARTE 01

PARTE 02

PARTE 03

LUGARES,SAMBAS E BAMBAS 08


CACIQUE DE RAMOSFUNDO DE QUINTAL

 CACIQUE DE RAMOS


Guadra do Cacique de Ramos

O bloco foi criado no bairro de Olaria, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Fundado em 20 de janeiro de 1961, é um dos principais blocos da cidade.
Integrantes do Cacique

Entre seus componentes estão os membros do grupo de samba Fundo de Quintal que se originou do próprio bloco e Zeca Pagodinho. A também sambista Beth Carvalho é outra cria do bloco, que a homenageou elegendo a mesma como madrinha do bloco. Diversos outros cantores e compositores fazem parte do bloco entre eles: Almir Guneto, Jorge Aragão, Marquinhos Satã, Arlindo Cruz,Sombrinha, Jovelina Pérola Negra e Luiz Carlos da Vila. Sua sede fica na Rua Uranos, número 1326, por incrível que pareça, no bairro de Olaria. Como diz a letra de uma das músicas alusivas ao bloco: "Vai lá, vai lá / Vai lá, vai lá no Cacique sambar.
Tradicionalmente o bloco desfila na Av. Rio Branco (concentração na esquina com a Av. Presidente Vargas) aos domingos, segundas e terças de carnaval, às 20 horas.
Bloco Cacique de Ramos /Av. Rio Branco

Ainda hoje existe na quadra do Cacique de Ramos uma famosa Roda de Samba e Partido Alto, comandada por Renatinho Partideiro e o Grupo Cacique no Horário de 17:00 ás 23:00 h todos os domingos com entrada franca.
Renatinho Partideiro (camisa amarela)



GRUPO FUNDO DE QUINTAL

Formado no final da década de 1970 a partir do Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, da cidade do RJ, o grupo tornou-se uma referência original no sub-gênero pagode.
Composto principalmente por sambistas da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, o Fundo de Quintal se caracterizou por usar instrumentos - até então pouco comuns em rodas de samba - como o banjo, o tantã, o repique da mão e o repique de anel. O grupo inicialmente era composto pelos sambistas Almir Guineto, Bira Presidente, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany. Mais tarde, Arlindo Cruz e Walter Sete Cordas integraram o conjunto musical. Atualmente o grupo é composto por Ademir Batera, Cléber Augusto, Ronaldinho, Sereno, Bira Presidente e Ubirany.
Roda de Samba no Cacique década de 70

Tendo como "madrinha" a cantora Beth Carvalho, o grupo gravou vários álbuns com ela e depois muitas músicas deles se tornaram conhecidas na voz da cantora.
Afilhados e a Madrinha Beth Carvalho

CIDADÃOS  DO CACIQUE DE RAMOSZECA PAGODINHO E ALMIR GUINETO
Jessé Gomes da Silva Filho, Filho de Iréia e Jessé, Zeca nasceu em Irajá onde desde pequeno passou a frequentar rodas de samba influenciado por sua família. Morou em vários bairros do Rio mas sempre demonstrou enorme apreço por Xerém (distrito de Duque de Caxias), na qual possui um sítio e uma escola de música para crianças carentes da região.
Sua primeira gravação foi em 1983, com o samba "Camarão que dorme a onda leva", de sua autoria e de Arlindo Cruz, a partir do convite de sua madrinha Beth Carvalho.
Zeca e Bira Presidente

Em 2003, no auge de sua carreira, foi o primeiro artista de samba a gravar um especial de TV, CD e DVD pela MTV Brasil (tradicional reduto do pop-rock). O Acústico MTV, gravado no Rio, foi um de seus discos mais vendidos, rendendo inclusive uma segunda edição em 2006 (a primeira da história da MTV Brasil). O segundo acústico, batizado de Acústico MTV Zeca Pagodinho 2 - Gafieira, homenageou o samba de gafieira.
Em 2007, o cantor criou o selo ZecaPagodiscos, em parceria com o produtor musical Max Pierre, ex-diretor artístico da Universal Music no Brasil. O primeiro trabalho da parceria (lançado em conjunto com o selo Música Fabril, novo selo de Max, com distribuição da gravadora EMI) foi o CD e DVD Cidade do Samba, gravado no Rio de Janeiro, reunindo vários artistas brasileiros de vários estilos musicais, como Martinho da Vila, Jair Rodrigues, Gilberto Gil, entre outros.
Atualmente, Zeca reside na Barra da Tijuca com a mulher, Mônica Silva, e seus quatro filhos: Eduardo, Louis, Elisa e Maria Eduarda.

Almir de Souza Serra, Nascido e criado no Morro do Salgueiro, na cidade do RJ, Almir Guineto teve contato direto com o samba desde a infância, já que havia vários músicos em sua família. Seu pai Iraci de Souza Serra era violonista e integrava o grupo Fina Flor do Samba; sua mãe Nair de Souza (mais conhecida como "Dona Fia") era costureira e uma das principais figuras da Acadêmicos do Salgueiro; seu irmão Francisco de Souza Serra (mais conhecido como Chiquinho) foi um dos fundadores dos "Originais do Samba".
Na década de 1970, Almir já era mestre de bateria e um dos diretores da Salgueiro e fazia parte do grupo de compositores que freqüentavam o Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos. Nessa época, Almir inovou o samba ao introduzir o banjo adaptado com um braço de cavaquinho. O instrumento híbrido foi adotado por vários grupos de samba.
Em 1979, Almir mudou-se para a cidade de São Paulo para se tornar o cavaquinista dos Originais do Samba. Lá fez "Bebedeira do Zé", sua primeira composição gravada pelo grupo, onde a voz do Sambista aparece puxa o verso "Mas dá um tempo na cachaça, Zé/ Para prolongar o seu viver" e a sambista Beth Carvalho gravou algumas composições de Guineto, como "Coisinha do Pai", "Pedi ao Céu" e "Tem Nada Não".
Beto sem Braço(1º da esquerda),Almir(centro) e Luiz Carlos da Vila(1º da direita)

No início dos anos oitenta, ele ajudou a fundar o grupo Fundo de Quintal junto com os sambistas Bira, Jorge Aragão, Neoci, Sereno, Sombrinha e Ubirany. Mas ele deixou o grupo logo após a gravação de "Samba é no Fundo de Quintal" - primeiro LP do conjunto - e seguiu para carreira solo. Almir conquistou fama com a premiação no Festival MPB-Shell em 1981, em que interpretou o samba-partido "Mordomia" (de Ari do Cavaco e Gracinha).
Sua notoriedade como compositor e intérprete aumentaria ao longo daquela década. Beth Carvalho gravou "É, Pois, É" (parceria com Luverci Ernestro e Luiz Carlos) em 1981, "À Luta, Vai-Vai!" (com Luverci Ernesto) e "Não Quero Saber Mais Dela" (com Sombrinha) em 1984, "Da Melhor Qualidade" (com Arlindo Cruz), "Pedi ao Céu" (com Luverci Ernesto) e "Corda no Pescoço" (com Adalto Magalha) em 1987. Alcione gravou "Ave Coração" (parceria com Luverci Ernesto) em 1981 e "Almas & Corações" (com Luverci Ernesto) em 1983. Jovelina Pérola Negra gravou "Trama" (parceria com Adalto Magalha) em 1987.
Em 1986, a gravadora RGE lançou o LP "Almir Guineto", que teve grande sucesso comercial. Nesse disco, Almir Guineto gravou algumas de suas parcerias com Adalto Magualha, Beto Sem Braço, Guará da Empresa, Luverci Ernesto e Zeca Pagodinho. Entre os grandes destaques, estão "Caxambu", "Mel na Boca", "Lama nas Ruas" e "Conselho".
Atualmente, o sambista vive em um sítio em Tupã (no interior do Estado de São Paulo).

                                         Tamarineira do Cacique de Ramos

"Vou sair na sua escola" (1979)


Nesse vídeo só tem Bamba:
Gibi da Mocidade, Élton Medeiros, Clementina de Jesus, Dominguinhos,Xangô, Pelado, Darcy, Dona Neuma, Cartola; Portela: Monarco, Manacéa, Catoni, Walter Rosa,Alvaiade; Mano Décio da Viola, Aniceto, Dona Ivone Lara; Noel Rosa de Oliveira, Geraldo Babão


LUGARES,SAMBAS E BAMBAS 07


VILA ISABEL – BAIRRO DE NOEL



Localiza-se na chamada Grande Tijuca. É cercado pelos bairros da Tijuca, Aldeia Campista, Grajaú, Andaraí, Maracanã, Jacaré e Riachuelo, através da ligação do Túnel Noel Rosa. Possui uma área de 321,71 hectares e uma população de 81 858 (segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - Censo Demográfico 2000).
O bairro surgiu do espírito empreendedor de João Batista Viana Drummond, futuro barão de Drummond, um empresário progressista. Ele adquiriu as terras da "Imperial Quinta do Macaco", de propriedade da Imperatriz D.Amélia quando, após a promulgação da Lei do Ventre Livre em (1871), os escravos da propriedade foram libertados.
Abolicionista e amigo de figuras de destaque que compartilhavam os seus ideais políticos, Drummond deu às ruas e praças do empreendimento nomes e datas alusivos à causa. A própria denominação do bairro foi uma homenagem à Princesa Isabel e a sua principal via, o Bulevar 28 de Setembro, à data em que a lei do Ventre Livre foi sancionada.
O bairro foi oficialmente fundado em 03 de janeiro de 1872, inspirado no urbanismo parisiense. Para urbanizá-lo e loteá-lo, Drummond organizou a Companhia Arquitetônica de Vila Isabel(1873), contratando o arquiteto Francisco Joaquim BéThencourt da Silva, discípulo de Grandjean de Montigny.
As terras da fazenda eram cortadas por duas antigas estradas, a do Macaco e a de Cabuçu, que se tornaram, respectivamente, o Boulevard 28 de setembro e a Rua Barão do Bom Retiro.
O sistema de transporte ,bondes a tração animal , seria provido pela Companhia Ferro-Carril de Vila Isabel, empreendimento também criado por Drummond para explorá-lo (1873). Foi inaugurado em 1875, ligando o bairro ao Centro.
O bairro tem nove prédios tombados pelo Patrimônio Histórico. No antigo Jardim Zoológico, o primeiro do Brasil, hoje denominado de Recanto da Princesa, o Barão de Drummond criou o jogo do bicho. No meio do Boulevard 28 de Setembro, encontra-se a igreja Matriz de Vila Isabel, a basílica Nossa Senhora de Lourdes. A matriz recebeu o título de "basílica menor", em 23 de maio de 1959, dado pelo Papa João XXIII.
Vila Isabel é famosa pela presença de inúmeros poetas e compositores que nasceram no bairro, ou que nele foram revelados.
O mais famoso é Noel Rosa, que nasceu no bairro em 11 de dezembro de 1910. No largo de entrada da Boulevard 28 de Setembro existe uma estátua em tamanho natural do compositor em bronze, reproduzindo um possível cenário da música Conversa de botequim.



Também podemos destacar  Martinho da Vila, que adicionou o nome do bairro ao seu quando criou seu nome artístico.


O bairro sedia escola de samba Vila Isabel, fundada por "seu China" (Antônio Fernandes da Silveira), egresso do Salgueiro. De início, um simples bloco, possuía as cores vermelho e branco, logo em seguida mudadas para azul e branco, quando adotou o nome "Azul e Branco de Vila Isabel". No carnaval de 1946, o bloco decidiu que, para o ano seguinte, desfilaria como escola de samba e adotou desde o então o nome GRES Unidos de Vila Isabel.



Em 1968 a escola de samba desfilou com o enredo Quatro séculos de modas e costumes, tendo como destaque na avenida um modelo original de vestido do costureiro Paco Rabane.
A escola se consagrou definitivamente em 1988, campeã do carnaval com o enredo "Kizomba Festa da Raça", idealizado por Martinho da Vila, principal compositor da escola desde a segunda metade da década de 1960. O samba-enredo foi composto por Rodolpho de Souza, Jonas e Luiz Carlos da Vila.

Após anos sem uma quadra de ensaio fixa - ensaiando na Escola Equador, perto da esquina do Boulevard 28 de Setembro com a Rua Rocha Fragoso -, ganhou a sua quadra na principal rua do bairro, onde antes funcionava uma garagem de bondes na década de 1960, a garagem da extinta CTC e, posteriormente, um galpão do Detran.
Em 2000, a escola foi rebaixada ao Grupo de acesso A. Cinco anos depois, retornou ao grupo principal do carnaval, após ser campeã do Grupo de Acesso no ano anterior com o enredo "A Vila É Para Ti". No ano de 2006, foi a grande vencedora do carnaval homenageando a América Latina, com o enredo "Soy loco por ti America: A Vila canta a latinidade" de autoria do carnavalesco Alexandre Louzada.
Em 2008 foi inaugurada a nova quadra da Vila Isabel, a mais moderna quadra de escola de samba do Rio de Janeiro, a qual se originou de uma grande reforma da antiga quadra que custou 4 milhões de reais e que atualmente comporta até 11 000 pessoas em 4 000 metros quadrados de área construída e com um palco de 300 metros quadrados. A atual quadra possui camarotes de luxo e um fácil acesso pelo Boulevard 28 de Setembro, sendo, portanto, um espaço democrático onde frequentam ricos e famosos assim como membros da comunidade. Além dos ensaios da escola de samba, a quadra da Vila também é palco de shows de grandes artistas e bandas no projeto "Casa de Bamba". Um detalhe polêmico chama a atenção: é uma quadra tão democrática que tem três banheiros: o masculino, o feminino e o GLS.
Nos sábados de carnaval, saía o bloco do Sujo, comandado por Seu Otto: as fantasias já utilizadas em outros carnavais eram usadas no desfile deste bloco, formado na Associação Atlética Vila Isabel.


CIDADÃO DA VILA ISABELNOEL ROSA


Noel de Medeiros Rosa, nasceu de um parto muito difícil, que incluiu o uso de fórceps pelo médico obstetra, como medida para salvar as vidas da mãe e bebê. Além disso, nasceu com hipoplasia (desenvolvimento limitado) da mandíbula (provável Síndrome de Pierre-Robin) o que lhe marcou as feições por toda a vida e destacou sua fisionomia bastante particular.
Criado no bairro carioca de Vila Isabel, primeiro filho do comerciante Manuel Garcia de Medeiros Rosa e da professora Martha de Medeiros Rosa, Noel era de família de classe média, tendo estudado no tradicional Colégio São Bento.
Adolescente, aprendeu a tocar bandolim de ouvido e tomou gosto pela música — e pela atenção que ela lhe proporcionava. Logo, passou ao violão e cedo tornou-se figura conhecida da boemia carioca. Entrou para a Faculdade de Medicina, mas logo o projeto de estudar mostrou-se pouco atraente diante da vida de artista, em meio ao samba e noitadas regadas à cerveja. Noel foi integrante de vários grupos musicais, entre eles o Bando de Tangarás, ao lado de João de Barro(o Braguinha), Almirante, Alvinho e Henrique Brito.


Em 1929, Noel arriscou as suas primeiras composições, Minha Viola e Toada do Céu, ambas gravadas por ele mesmo. Mas foi em 1930 que o sucesso chegou, com o lançamento de Com que roupa? Um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico do cancioneiro brasileiro. Essa música ele se inspirou quando ia sair com os amigos, a mãe não deixou e escondeu suas roupas, ele, com pressa perguntou: "Com que roupa eu vou?" Noel revelou-se um talentoso cronista do cotidiano, com uma sequência de canções que primam pelo humor e pela veia crítica.Orestes Barbosa, exímio poeta da canção, seu parceiro em Positivismo, o considerava o "rei das letras". Noel também foi protagonista de uma curiosa polêmica (Noel Rosa x Wilson Batista) travada através de canções com seu rival Wilson Batista. Os dois compositores atacaram-se mutuamente em sambas agressivos e bem-humorados, que renderam bons frutos para a música brasileira, incluindo clássicos de Noel como Feitiço da Vila e Palpite Infeliz. Entre os intérpretes que passaram a cantar seus sambas, destacam-se Mário Reis, Francisco Alves e Aracy de Almeida.
Noel teve ao mesmo tempo várias namoradas e foi amante de muitas mulheres casadas. Casou-se em 1934 com Lindaura Medeiros Rosa, mas era apaixonado mesmo por Ceci (Juraci Correia de Araújo), a prostituta do cabaré, sua amante de longa data. Era tão apaixonado por ela, que ele escreveu e fez sucesso com a música "Dama do Cabaré", inspirada em Ceci, que mesmo na vida fácil, era uma dama ao se vestir e ao se comportar com os homens, e o deixou totalmente enlouquecido pela sua beleza. Foram anos de caso com ela, eles se encontravam no cabaré a noite e passeavam juntos, bebiam, fumavam, andavam principalmente pelo bairro carioca da Lapa, onde se localizava o cabaré. Ele dava-lhe presentes, jóias, perfumes, ela o compensava com noites inesquecíveis de amor.
Noel passou os anos seguintes travando uma batalha contra a tuberculose. A vida boêmia, porém, nunca deixou de ser um atrativo irresistível para o artista, que entre viagens para cidades mais altas em função do clima mais puro, sempre voltava para o samba, à bebida e o cigarro, nas noites cariocas, cercado de muitas mulheres, a maioria, suas amantes. Mudou-se com a esposa para Belo Horizonte, lá, Lindaura engravidou, mas sofreu um aborto, e não pôde mais ter filhos, por isso Noel não foi pai. Da capital mineira, escreveu ao seu médico, Dr. Graça Melo: “Já apresento melhoras/Pois levanto muito cedo/E deitar às nove horas/Para mim é um brinquedo/A injeção me tortura/E muito medo me mete/Mas minha temperatura/Não passa de trinta e sete/Creio que fiz muito mal/Em desprezar o cigarro/Pois não há material/Para o exame de escarro". Trabalhou na Rádio Mineira e entrou em contato com compositores amigos da noite, como Rômulo Pais, recaindo sempre na boêmia. De volta ao Rio, jurou estar curado, mas faleceu em sua casa no bairro de Vila Isabel no ano de 1937, aos 26 anos, em consequência da doença que o perseguia desde sempre. Deixou Lindaura viúva e não foi pai de nenhum filho. Lindaura e dona Martha cuidaram dele até o fim.

À direita, Aracy de Almeida e à esquerda, Marília Batista (observada por Noel) – as intérpretes preferidas do Poeta da Vila.