Pele de Gato

Pele de Gato
Samba Minha Vida

PELE DE GATO RECOMENDA

- Buraco do Galo - Em Oswaldo Cruz, Roda de Samba de primeira comandada por Edinho Oliveira com as maravilhosas Pastoras , ambiente familiar cerveja em garrafa e tira-gostos saborosos,vale apena conferir, todo primeiro sábado do mês - Rua Dna Vicência

- Sambastião - Na Rua do Russel - Glória , Roda de Samba apadrinhada por Ataulpho Alves Jr. acontece aos sábados na praça Luiz de Camões (grátis) horário de 15:00h as 22:00h. Cerveja gelada,caldos e tira-gostos maravilhosos.

- Terreiro de Crioulo - Na rua do Imperador 1075 - Realengo - acontece sempre nos segundos sábados de cada mês , muito partido Alto , Jongo e Sambas de Terreiros, a roda é comandada por Paulo Henrique Mocidade.

- Samba da Ouvidor - Esquina da Rua do Mercado e em frente a Rua do Ouvidor , acontece de 15 em 15 dias aos sábados com início ás 15:00h(confira datas no blog do Samba do Ouvidor)-

Vale a Pena Ver

- Noel Poeta da Vila -Filme contando parte da vida de Noel Rosa. -(Muito Bom)

- "O Mistério do Samba" - Documentário sobre a Velha Guarda da Portela. - (Ótimo)

- Música para os Olhos - Documentário sobre a vida de Cartola. - (Bom)
- Nas batidas do Samba - Documentário sobre a evolução do Samba.- (Ótimo)

- A Elegância do Samba - Documentário sobre a vida de Walter Alfaiate. - (Bom)

"UM SENHOR DE RESPEITO" - SÉRIE PUXANDO CONVERSA

PARTIDO ALTO

CLUBE DO SAMBA

APANHEI - TE CAVAQUINHO - 1º, 2º e 3º Episódios






A história de um instrumento musical tipicamente português
APANHEI-TE CAVAQUINHO é o título de um dos mais famosos temas de sempre da música popular brasileira. Foi composto por Nazareth em 1914 como uma polca para piano mas só mais tarde entrou nas rodas de choro e nos repertórios de bandolinistas e cavaquinhistas. 
É a partir daqui que começa a nossa viagem, que é a viagem do cavaquinho! Uma viagem pela lusofonia, alegre e despretensiosa, desprovida de análises etnomusicológicas.
... no princípio era só um cavaco, um "braguinha", talvez com o nome da terra que lhe deu vida nos seus primórdios: Braga. 
Nesta região de festas e romarias tinha a palavra o instrumento que melhor as personificava, num tempo em que as concertinas ainda não tinham chegado para lhe tomar o lugar de solista da animação popular. 
Na zona de Braga hoje ainda encontramos diversos construtores deste instrumento, bem como diversos executantes que ainda encontram nas Rusgas e nas festividades joaninas refúgio para a estridência e alegria do cavaquinho. 
Um instrumento cuja história se mistura em vários continentes... viajou de Portugal para o Brasil, para Cabo Verde e chegou aos Estados Unidos, ao Havai, onde é chamado de ukele.
Este é o roteiro conduzido por Henrique Cazes. Ele que é exímio tocador de cavaquinho e que se tem ocupado desde há largos anos a tornar mais próximos Portugal e Brasil através dos elementos culturais mais comuns aos dois: a língua e o "braguinha".

SAMBA NO MORRO - BAR DO OMAR - MORRO DO PINTO







BAR DO OMAR - MORRO DO PINTO

Rua Sara, 114 - Morro do Pinto


Santo Cristo - Rio de Janeiro - RJ


telefone: 2518-3881


EM UM DOS BERÇOS DO SAMBA DO RIO DE JANEIRO(SANTO CRISTO), O SAMBA NO MORRO É


UMA RODA DE SAMBA REALIZADA EM LUGAR BUCÓLICO DO RIO DE JANEIRO,O BAR DO OMAR

SERVE TIRA GOSTOS MARAVILHOSOS E SUA CERVEJA EM GARRAFA É "MOFADA" (TODAS AS

MARCAS PARA TODOS OS GOSTOS), A VISTA PANORÂMICA DO CENTRO ANTIGO E DA BAIA DE

 GUANABARA E DE ENCHER OS OLHOS.SALVE O SAMBA !!!!


SAMBA DA 400 - REALENGO

HOJE O COURO COMEU EM REALENGO NO SUB BAIRRO DO BARATA(PRAÇA DO PISÃO), SAMBA DA 400 DO MEU "CUMPADRE" PAULO HENRIQUE DA MOCIDADE, ESTANDARTE DE OURO COMO INTERPRETE DA MOCIDADE INDEPENDENTE DE PADRE MIGUEL, EU TIVE O PRAZER DE TOCAR COMA RAPAZIADA DO GRUPO BATUCADA DA MASSA...MUITO SAMBA DE RAIZ...SHOW !!!!!! ALÔ ALÔ REALENGO AQUELA ABRAÇO !!!!!!!!


ZÉ CATIMBA


ZÉ CATIMBA: UM GUARABIRENSE QUE BRILHA NO SAMBA CARIOSA 
Por Humberto Santos (Sucursal de A União, em Guarabira) 

Te “esconjuro com tanto Zé, como tem Zé lá na Paraíba”...  eis um fragmento da conhecida música “Como tem Zé na Paraíba” (Manezinho Araújo/ Catulo de Paula) que em 1962 alcançou grande sucesso na voz do paraibano Jackson do Pandeiro que por sinal também era Zé (José Gomes Filho). A música fala da exagerada quantidade de “Zés” nascido na terra de Zé Lins do Rego. 
São muitos os “Josés” nascidos no solo tabajarino que por suas competências individuais ganharam projeção nacional: Zé Américo, Zé Ramalho, Zé da Luz, Zé Dumont, Zé do Norte, Zé Calixto, Zé Lins, Zé Siqueira e tantos outros. Mas tivemos um outro José este nascido Guarabira no dia 11 de novembro de 1932 que tempos depois tornaria-se celebridade como compositor de sambas no Rio de Janeiro seu nome: José Inácio dos Santos conhecido nas rodas de  samba pela carinhosa alcunha de Zé Catimba, epíteto adquirido nas peladas dos campos de várzeas carioca. Esse é mais um Zé que orgulha a nossa Paraíba. 
A SOFRIDA CAMINHADA DO SAMBISTA DO BREJO PARA O RIO 
O futuro Zé Catimba nasceu pobre e anônimo como tantos outros “Zés” da sua classe social, o seu pai José Inácio dos Santos foi um sofrido agricultor da zona rural de Guarabira e muito lutou para honradamente criar o pequeno José sempre auxiliado  pela esposa também agricultora Josefa João Inácio. O pai do sambista nas horas de folga, dedilhava com perfeição sua viola de 12 cordas enfeitadas de fitas, tornara-se um campeão em desafios, fora ainda compositor de cordel, mas essa profissão, não lhe rendia o sustento, mais tarde o famoso filho compunha “Viola de fita” homenageando seu genitor. 
O ano de 1942, foi decisivo na vida do Sr. José Inácio, cansado e não suportando mais as privações reuniu a pequena prole e decidiu tentar a sorte na cidade grande. Contrariando o destino, pegou carona em um caminhão carregado de vergalhão e partiu com Josefa e José rumo ao Rio de Janeiro, essa família de retirantes nordestinos após muitos dias de sofrimentos desembarcou finalmente no Largo da Batalha em Niterói começando daí para frente o saga da família Inácio na “Cidade Maravilhosa”. 
O Jovem José, passando depois a morar em Bonsucesso logo adaptou-se a vida agitada do Rio, mostrando-se bastante esperto, de tudo fez para sobreviver: limpou fossa, foi ajudante de pintor, camelô, faxineiro, porteiro, tudo isso antes de se encontrar com o samba sua verdadeira vocação. 
1959: NASCE A IMPERATRIZ E COM ELA SURGE ZÉ CATIMBA 
No ano de 1959, surgia no Rio de Janeiro mais uma escola de samba a Imperatriz Leopoldinense que iria ter futuramente em sua ala de compositores um sambista vencedor o paraibano Zé Catimba. 
O sambista Catimba mesmo não tendo diploma em nenhum grau de escolaridade, aprendeu tudo inclusive a ler na escola da vida, sua verve poética foi herdada do pai e tempos depois lapidada em contato com as rodas de sambas freqüentadas por sambistas do quilate de Cartola, Zé Keti, Nélson Cavaquinho, Elton Medeiros, Candeia, Silas de Oliveira, Dona Ivone Lara, Wilson das Neves, João Nogueira, Noca da Portela, Paulinho da Viola, depois Almir Guineto, Arlindo Cruz, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho e tantos outros.  
Na Imperatriz, sua escola de coração de tudo participou indo de puxador de corda a sua presidência, mas foi como compositor que alcançou fama. Seu primeiro samba enredo surgiu em 1971 “Barra de ouro, Barra de Rio, Barra de Saia” feito em parceria com Niltinho Tristeza auto do samba (Tristeza, por favor vá embora...) 
Em 1972, foi o ano que o compositor projetou a escola para ser conhecida no país com o estrondoso sucesso alcançado com o samba enredo “Martim Cererê”, sendo a música incluída na trilha sonora da novela “Bandeira-2” da Rede Globo escrita por Dias Gomes e que ainda incluiu Grande Otelo revivendo o papel do sambista Zé Catimba, o disco alcançou a espantosa tiragem de 700 mil cópias. 
No ano de 1981, a escola sagrou-se bicampeã do carnaval carioca com o samba enredo “O teu cabelo não nega” mais uma criação do genial Catimba.





Graças a originalidade de suas 1000 composições, Catimba hoje é uma grande referência no samba carioca suas músicas já foram gravadas por inúmeros sambistas de renome Elza Soares, Agepê, Alcione, Jair Rodrigues, Leci Brandão, João Nogueira, Zeca Pagodinho, Simone são apenas alguns. 
O sambista de Vila Isabel Martinho da Vila vendo em Catimba qualidades inigualáveis tornou-se o mais constante de seus parceiros criando juntos pérolas musicais do samba como: “Me faz um dengo”, Tá delícia ta gostoso, Me beija  me beija, Bandeira da fé,  Disrritmia, Recriando a criação. A composição  “Me ama mô” da dupla (Martinho/ Catimba) foi gravada por Júlio Iglesias sem autorização o que vem rendendo uma polêmica judicial. O compositor Rildo Hora criou o projeto musical “Samba Eterno” e das dez músicas incluídas no mesmo, quatro são de Catimba o que atesta a sua qualificação de excepcional sambista.



Em 2009, prestando uma justa homenagem ao sambista paraibano, o jornalista carioca Fernando Paulino após anos de pesquisas lançou pela editora Panorama sua biografia como o título “Zé Catimba – que grande destino reservaram para você” que conta detalhes de sua rica trajetória de vida. 
Quem dera, a vida fosse assim: sonhar, sorrir, cantar, sambar e nunca mais ter fim... diz um trecho de uma de suas belas canções, e, é desse jeito que Zé Catimba deixa a vida lhe levar. Após curar-se de um câncer, hoje traz sempre no rosto um sorriso constante que parece ser a receita certa prá curar melancolia. Há trinta e sete anos vivendo em Niterói, atualmente ao lado do filho Inácio Rios também sambista, freqüenta diariamente as animadas rodas de samba nos bares Candongueiro e Barroquinho onde ai divide sua alegria com os amigos. 
O guarabirense Zé Catimba aos 79 anos, e com um invejável humor sempre usa a expressão: “Morro e não vejo tudo!”, esperamos sim, que antes de morrer venha rever a Paraíba e sua Guarabira, terra que tanto orgulho tem, de tê-lo como filho.


*RETIRADO DO SITE CADERNO DE MATÉRIAS DO IKEDA::Escrito por Joseilton Gomes (Ikeda)


ABAIXO UM VÍDEO COM DIOGO NOGUEIRA E ZÉ CATIMBA CANTADO "DO JEITO QUE O REI MANDOU"





ZÉ ESPINGUELA - FUNDADOR DA MANGUEIRA



José Gomes da Costa também chamado Zé Spinelli e Zé Espinguela, foi um jornalistaescritorpai-de-santo e sambista carioca, integrante do Bloco dos Arengueiros, fundador da Estação Primeira de Mangueira e organizador de um concurso entre sambistas em 20 de janeiro de 1929, que fixaria as bases das disputas entre escolas de samba. O concurso aconteceu em sua casa, na Rua Adolpho Bergamini, a mesma onde hoje fica a escola Arranco, no Engenho de Dentro.
Apesar de ser mangueirense, Zé Espinguela atuou de forma imparcial como juiz do concurso, premiando o Conjunto Oswaldo Cruz, atual Portela. Por ironia, o grupo que é considerado a primeira escola de samba, o Deixa Falar, acabou eliminado por Espinguela, por apresentar instrumentos de sopro, proibidos por serem considerados avessos ao samba moderno, que eles próprios estavam promovendo.
Amigo de Villa-Lobos, Zé Espinguela foi uma figura de suma importância para o samba.
Nos anos finais da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), Zé Espinguela, que devia estar se aproximando dos sessenta anos, sentiu aproximar-se o fim da existência. Segundo Arthur de Oliveira, ele "reuniu os adeptos do centro religioso e dirigiu-se ao morro da Mangueira para despedir-se do seu reduto preferido. Lá chegaram no princípio da noite. A favela, de luzes apagadas, descansava da trabalheira do dia. Eis que surge o grupo, em cortejo pelos becos e ruelas, cantando um samba que Espinguela compôs especialmente para o momento. Era como um samba-enredo. Desfilavam, dançavam e cantavam, com o ritmo alegre, a melodia triste, e as vozes alvissareiras das pastoras. Os barracos aos poucos se acenderam. Os negros foram abrindo as janelas e o morro transformou-se num céu no chão, iluminado, silencioso e reverente. A voz de Espinguela dominava o coro: a favela compartilhava da cerimônia do passamento do seu sambista com aquela vivência afro-brasileira da morte, presente nos gurufins e tão diversa do sentimento judaico-cristão das classes dominantes".

ABAIXO REPORTAGEM DO DO JORNAL NACIONAL NO DIA DO SAMBA SOBRE ZÉ ESPINGUELA:

A CONSCIÊNCIA NEGRA DE LUIZ CARLOS DA VILA



GRANDE LUIZ CARLOS DA VILA, ABAIXO UM VÍDEO COM A HISTÓRIA DE SUA VIDA  MUSICAL(RESUMIDA) !!!!! APRESENTADO NA TV BRASIL.


DOCUMENTÁRIOS - TIAS DO JONGO - PINHEIRAL - RJ



A comunidade negra de Pinheiral perpetuou a dança do jongo, passando-a de geração em geração, preservada por moradores e familiares desta cidade. Onde foi e tudo faz crer que sempre será terra de jongueiros. Pois o Jongo de pinheiral chama atenção por sua originalidade , tradição e por seus belíssimos pontos que são acompanhados por seus dois tambores o tambor grande e o candongueiro, o macuco (pedaço de pau utilizado para fazer o contra tempo entre os tambores).

Atualmente , o jongo de Pinheiral está sob responsabilidade do Centro de referência de Estudo Afro do Sul Fluminense (CREASF), ONG fundada em 1998 que no dia 6 de junho de 2009 foi inaugurada a sede do Ponto de cultura projeto em parceria com o ministério da cultura cujo nome é Centro de referência do jongo de pinheiral,este projeto têm três vertentes: a biblioteca afro , culinária afro e a preservação da dança do jongo e o espaço onde recebemos estudantes, professores e o público em geral que visam o conhecimento á cultura afro do vale do café.

O jongo em dezembro de 2005 foi tombado como patrimônio histórico cultural imaterial do Brasil pelo governo federal cuja mais uma conquista para todas as comunidades jongueiras que lutam pela preservação da cultura.

Na época do Brasil-Colônia, cuja maior lembrança que se tem é com relação à comercialização de negros, vindos da África, para trabalhar como escravos nas fazendas cafeeiras dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, pouco se fala da riquíssima influência trazida por eles - fundamental na formação da cultura brasileira. Hoje, se têm as folias de reis, os choros, as rodas de samba e as de viola, as congadas, os catiras e mais uma série de manifestações culturais é graças a essa mistura de raças, reforçada com a vinda dos negros para o Brasil.

Aos poucos, a marca negativa registrada na memória de muitos afro-descendentes se dilui mediante aos reconhecimentos e às homenagens recebidas por órgãos e autoridades nacionais, como aconteceu no último dia 15 de dezembro, quando o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) conferiu ao Jongo do Sudeste o título de patrimônio cultural do Brasil. 

Preservado por 12 comunidades, que têm em média 60 jongueiros cada, o Jongo do Sudeste é uma dança de roda e de umbigada dançada para o divertimento, mas uma atitude mística ainda permeia a festa. "Antigamente, só os mais velhos podiam entrar na roda. Os jovens ficavam de fora observando. Os antigos eram muito rígidos com os mais novos e exigiam muita dedicação e respeito para ensinar os segredos do Jongo e os fundamentos dos seus pontos", relembra a coordenadora do Jongo de Pinheiral, Maria de Fátima Santos, a Fatinha, que há 30 anos participa das rodas de Jongo. 

Hoje, para manter viva a tradição, já são permitidas crianças na roda de Jongo. "Queremos que nossa cultura perdure pelos tempos, por isso precisamos transmiti-la de geração em geração", justifica a coordenadora, que conta com a presença de 10 crianças, no grupo de 60 jongueiros. Entretanto, para decifrar o significado dos pontos, só mesmo jongueiros muito experientes, uma vez que os pontos têm linguagem metafórica cifrada. "Não é tão simples criar um novo ponto. Esta é uma habilidade encontrada só nos mais antigos, por isso, na maioria de nossas rodas, são cantados os pontos mais populares, conhecidos pelos participantes", detalha Fatinha.

Nessas comunidades, é costume dançar o Jongo no dia 13 de maio, consagrado aos pretos-velhos, nos dias de santos católicos de devoção das comunidades, nas festas juninas, nos casamentos e, mais recentemente, em apresentações públicas, como é o caso do Jongo da Serrinha, na capital carioca que, desde a década de 90, passou a fazer shows, com o intuito de preservar o último núcleo de Jongo da cidade. 
Local - Na região Sul Fluminense, a dança foi fortalecida com a criação do CREASF (Centro de Referência Afro do Sul Fluminense), em 1998. Nessa trajetória, o Centro vem realizando fóruns, palestras em escolas e encontros, com o objetivo de trabalhar a cultura afro e suas manifestações. O CREAF possui ainda uma pequena biblioteca, fitas de vídeo e fotos com o registro de todas as participações do grupo (diário do vale/fernanda caldas)


CARTOLA POR CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

JÁ INTERNADO ,CARTOLA FEZ QUESTÃO DE LER PARA TODOS A CRÔNICA QUE DRUMMOND FEZ EM SUA HOMENAGEM !!!!!!!!


UM PRETO VELHO CHAMADO CATONI

Sebastião Vitorino Teixeira dos Santos
 13/5/1930 Ouro Preto, MG 
 8/8/1999 Rio de Janeiro, RJ



BIOGRAFIA
Compositor. Cantor. Instrumentista. Sanfoneiro.
Falava nagô fluentemente, língua que aprendeu com a avó, ex-escrava, que viveu 100 anos.
Pertenceu à Ala dos Compositores da Escola Vai Se Quiser, que mais tarde se uniu à Escola Corações Unidos de Jacarepaguá formando o Grêmio Recreativo União de Jacarepaguá.
Totalizou 12 sambas-enredos compostos para essas escolas. Mais tarde, em 1966, levado por Natal da Portela, ingressou na Ala dos Compositores da Escola de Madureira.
Faleceu dia 8 de agosto de 1999, sendo sepultado no cemitério da Pechincha, no Rio de Janeiro.



DADOS ARTÍSTICOS
Ainda menino, tocava sanfona e cantava calangos em Ouro Preto. Aos 13 anos, mudou-se para o subúrbio de Jacarepaguá no Rio de Janeiro. O pseudônimo Catoni lhe foi dado por ter morado com uma família italiana. Por essa época, compôs o seu primeiro samba "Vai, meu amor".
Fez parte da ala de compositores de várias escolas, mas obteve algum sucesso quando ingressou na Ala de Compositores da Portela.
No ano de 1967, a Portela desfilou com o samba-enredo de sua autoria: "Tal dia é o batizado" (c/ Jabolô e Valtenir), com o qual a escola classificou-se em sexto lugar. Neste mesmo ano, Elizete Cardoso, no disco "Viva o samba!", lançado pela gravadora Copacabana, interpretou de sua autoria "Perdi a namorada", em parceria com Jabolô e Waltenir.
Em 1970, compôs com Jabolô e Valtemir o samba-enredo "Lendas e mistérios da Amazônia", com o qual a Portela desfilou naquele ano, classificando-se em 1° lugar. Dois anos depois, em 1972, Elizeth Cardoso gravou de sua autoria, também em parceria com Jabolô e Valtemir, o samba "Perdi a namorada".
No ano de 1974, dois outros sambas seus foram gravados por outros artistas: "Se eu perdi, você me dá" e "Bom-dia, Salgueiro", tendo sido este último inscrito em um concurso de samba no Salgueiro e conseguido uma boa colocação. Neste mesmo ano, ao lado de Wilson Moreira, Edson Menezes, Gracia do Salgueiro e Ary do Cavaco, entre outros, participou do LP "Olé do partido alto", no qual interpretou de sua autoria "Quero ver você negar", em parceria com Bira. No ano seguinte, em 1976, Eliana Pittman interpretou "No meio do povo", parceria com o poeta e letrista Sérgio Fonseca e Joel Menezes. Neste mesmo ano, Sônia Lemos gravou "Berimbau amarelo" (c/ Bira) e Agepê interpretou de sua autoria "Jeito de tatuagem", também em parceria com Bira.
Em 1977, compôs "A festa da aclamação" (c/ Jabolô, Dedé da Portela e Valtemir), samba-enredo com o qual a Portela classificou-se em segundo lugar no campeonato daquele ano. No ano seguinte, Roberto Ribeiro gravou "Isso não são horas" (c/  Xangô da Mangueira e Chiquinho) e Paulinho da Viola interpretou "Cenários", parceria com Jorge Mexeu.
No ano de 1979, Clementina de Jesus gravou o disco "Clementina e convidados". No LP, produzido pela EMI, incluiu "Laçador", parceria de Clementina e Catoni.
Apresentou-se várias vezes em clubes tocando instrumentos de percussão e sanfona, como o Clube Renascença.
No ano de 1997, Roberto Lara o convidou a fazer uma participação especial em seu CD "Tomando de assalto". Neste disco, Catoni interpretou "Vertigem", parceria com o poeta e professor de literatura Sérgio Fonseca.
No ano de 2000, Marquinhos de Oswaldo Cruz, no disco "Uma geografia popular", interpretou "Tem zoeira", de Catoni em parceria com Jabolô.
Em 2001, Roberto Lara, no disco "Em casa", regravou "Vertigem", de Catoni e Sérgio Fonseca.
No ano de 2003, a Portela, ao lado da Tradição, Império Serrano e Viradouro, foi uma das Escolas de Samba que optaram em comemorar o 20º aniversário do Sambódromo, quando foi construída a "Passarela do Samba", levando para a avenida sambas-enredo anteriores a 1984. A Portela escolheu o samba-enredo que lhe deu o título de 1970: "Lendas e mistérios da Amazônia", de Catoni, Jabolô e Waltenir. Com este samba-enredo de sua autoria, a Águia desfilou no carnaval de 2004, classificando-se em 7º lugar no Grupo Especial.
No ano de 2009 Clarice Magalhães regravou "Vertigem" (Catoni e Sérgio Fonseca) no disco "Meu saravá", lançado pelo selo Cedro Rosa.
Em 2010 suas composições "Redenção" (c/ João da Paz) e "Os arcos", em parceria com Evandro Lima e Sérgio Fonseca, esta última com a participação especial de Adelzon Alves, foram incluídas no CD "O Canto da Baixada", de Bira da Vila.
Entre seus diversos parceiros estão Carlito Cavalcanti e o professor de literatura Sérgio Fonseca, com quem tem dezenas de composições inéditas

NOEL ROSA - CURTA METRAGEM


Curta-metragem produzido pela BossaFilmes por ocasião do centenário de nascimento de Noel Rosa. Selecionado para o 6° Prêmio BRAVO! Bradesco Prime de Cultura. 


NOVOS BAIANOS F.C 1975 - DOCUMENTÁRIO

NOVOS BAIANOS

OS "MALUCOS" MAIS SAMBA E ROCK AND ROLL DOS ANOS 70
A MISTURA DO ROCK PSICODÉLICO, SAMBA, FUTEBOL E SOCIEDADE ALTERNATIVA!! 



DICRÓ



É, LÁ SE VAI MAIS UM MALANDRO, MAIS UM SAMBISTA, MAIS UM HUMORISTA, DAQUI UM POUCO O CÉU VAI TER MAIS BAMBAS QUE AQUI NA TERRA !!!! DICRÓ O MALANDRO DE RAMOS, DO RIO DE JANEIRO, DO BRASIL, FEZ PARCERIA COM OUTRO GRANDES MALANDROS....BEZERRA E MOREIRA..FIGURAS QUE JÁ NÃO EXISTEM MAIS NOS DIAS DE HOJE, MALANDROS DE VERDADE NO SENTIDO BOM DA PALAVRA...FIZERAM COM SUAS MÚSICAS IRREVERENTES NOSSA ALEGRIA, ALEGRIA ESSA QUE SE APAGA MAIS UM POUQUINHO COM A PARTIDA DE DICRÓ.....SALVE A MALANDRAGEM CARIOCA....SALVE BEZERRA ,MOREIRA E DICRÓ.


ABAIXO UM VÍDEO COM OS 03 MALANDROS!!!!

BEZERRA,MOREIRA E DICRÓ

DIA NACIONAL DA CUÍCA 21/04

PAXU DA CUÍCA


21/04 DIA DO INSTRUMENTO QUE ME PROPORCIONA MOMENTOS ESPECIAIS EM MINHA VIDA,...CUÍCA MINHA AMIGA, ABAIXO UM SOLO DE CUÍCA DE  FRITZ ESCOVÃO QUE ENTROU PARA A HISTÓRIA DA MÚSICA MUNDIAL,COMPARADO AOS SOLOS DE GUITARRA DE JIMI HENDRIX..SHOW !!!!


TRIO MOCOTÓ

MALANDRO - SUA HISTÓRIA - MUITO CONTRÁRIO QUE A MAIORIA PENSA ESSE MALANDRO É DO BEM !!!!!!!


Jose Emerenciano nasceu em Pernambuco, filho de uma escrava forra com seu ex-dono, teve algumas oportunidades na vida. Trabalhou em serviços de gabinete, mas não suportava a rotina. Estudou, pouco, pois não tinha paciência para isso. Gostava mesmo era de farra, bebida e mulheres, não uma ou duas, mas muitas. Houve uma época em que estava tão encrencado em sua cidade natal que teve que fugir e tentar novos ares. Foi assim que Emerenciano surgiu na Cidade Maravilhosa. Sempre fiel aos seus princípios, está claro que o lugar escolhido havia de ser a Lapa, reduto dos marginais e mulheres de "vida fácil" na época. Em pouco tempo passou a viver do dinheiro arrecadado por suas "meninas", que apaixonadas pela bela estampa do negro, dividiam o pouco que ganhavam com o suor de seus corpos. Não foram poucas as vezes que Emerenciano teve que enfrentar marginais em defesa daquelas que lhe davam o pão de cada dia. E que defesa! Era impiedoso com quem ousasse atravessar seu caminho. Carregava sempre consigo um punhal de cabo de osso, que dizia ser seu amuleto, e com ele rasgara muita carne de bandido atrevido, como gostava de dizer entre gargalhadas, quando nas mesas dos botecos de sua preferência. Bebia muito, adorava o álcool, desde a cachaça mais humilde até o isque mais requintado. E em diversas ocasiões suas meninas o arrastaram praticamente inconsciente para o quarto de uma delas. Contudo, era feliz, ou dizia que era, o que dá quase no mesmo. Até que conheceu Amparo, mulher do sargento Savério. Era a visão mais linda que tivera em sua existência. A bela loura de olhos claros, deixava-o em êxtase apenas por passar em sua frente. Resolveu mudar de vida e partiu para a conquista da deusa loura, como costumava chama-la. Parou de beber, em demasia, claro! Não era homem também de ser afrouxado por ninguém, e uns golezinhos aqui e ali não faziam mal a ninguém. Dispensou duas de suas meninas, precisava ficar com pelo menos uma, o dinheiro tinha que entrar, não é? Julgava-se então o homem perfeito para a bela Amparo. Começou então a cercar a mulher, que jamais lhe lançara um olhar. Aos amigos dizia que ambos estavam apaixonados e já tinha tudo preparado para levá-la para Pernambuco, onde viveriam de amor. Aos poucos a história foi correndo, apostas se fizeram, uns garantiam que Emerenciano, porreta como era, ia conseguir seu intento. Outros duvidavam Amparo nunca demonstrara nenhuma intimidade por menor que fosse que justificasse a fanfarronice do homem. O pior tinha que acontecer, cedo ou tarde. O Sargento foi informado pela mulher da insistente pressão a que estava submetida. Disposto a defender a honra da esposa marcou um encontro com o rival. Emerenciano ria, enquanto dizia aos amigos: - É claro que vou, ele quer me dar a mulher? Eu aceito! Vou aqui com meu amigo... - E mostrava seu punhal para quem quisesse ver. Na noite marcada vestiu-se com seu melhor terno e dirigiu-se ao botequim onde aconteceria a conversa. Pediu uísque, não era noite para cachaça, e começou a bebericar mansamente. Confiava em seu taco e muito mais em seu punhal. Se fosse briga o que ele queria, ia ter. Ao esvaziar o copo ouviu um grito atrás de si: - Safado! - Levantou-se rapidamente e virou-se para o chamado. O tiro foi certeiro. O rosto de Emerenciano foi destroçado e seu corpo caiu num baque surdo. Recebido no astral por espíritos em missão evolutiva, logo se mostrou arrependido de seus atos e tomou seu lugar junto a falange de Zé Pelintra. Com a história tão parecida com a do mestre em questão, outra linha não lhe seria adequada. Hoje, trabalhador nos terreiros na qualidade de Zé Pelintra do Cabo, diverte e orienta com firmeza a quem o procura. Não perdeu, porém, a picardia dos tempos de José Emerenciano. Sarava Seu Zé Pelintra! 


OBS: A Umbanda de Zé Pelintra é voltada para a prática da caridade ,fora dela não há salvação, tanto espiritual quanto material (Ajuda entre irmãos), propagando que o respeito ao ser humano, é a base fundamental para o progresso de qualquer sociedade. Zé Pelintra também prega a TOLERÂNCIA RELIGIOSA, sem a qual o homem viverá constantemente em guerras. Para Zé Pelintra, todas as religiões são boas, e o princípio delas é fazer o homem se tornar espiritualizado, se aproximando cada vez mais dos valores reais, que são Deus e as obras espirituais. 


OBS 2: GOSTARIA DE DEIXAR BEM CLARO QUE NÃO SOU RELIGIOSO,NÃO DEFENDO NEM FAÇO APOLOGIA A NENHUMA RELIGIÃO, PORÉM PREGO A LIBERDADE RELIGIOSA E APESAR DE NÃO TER UMA, DEPOIS DO MOMENTO EM QUE MAIS PRECISEI DE FORÇAS POSITIVAS ELAS VIERAM DE TODAS.....CRISTÃOS,CATÓLICOS, UMBANDISTAS, TODOS LEVARAM SUAS PRECES PARA O MESMO DEUS SUPREMO, HOJE COLOCO EM PRÁTICA A RELIGIÃO QUE APRENDI COM MEU SAUDOSO SOGRO.....O AMOR  !!!!!



O SAMBISTA ISMAEL SILVA - UM DOS MAIORES MALANDROS DO HISTÓRIA DO RJ

UMBANDA E CANDOMBLÉ - QUAL A DIFERENÇA


Aos olhos do leigo, Umbanda e Candomblé são duas formas de denominar um mesmo culto. Mas na verdade, são duas religiões distintas, unidas apenas pelas roupas, pelos atabaques e pelo uso do transe mediúnico.
A começar pelas origens, o Candomblé é uma religião africana que existe desde os tempos mais remotos daquele continente e foi trazida para o Brasil através do fluxo da escravatura. Escravos de diversas tribos e nações Africanas continuaram a cultuar no Brasil os Orixás negros, suas divindades, e estiveram na origem da criação das chamadas “Casas de Santo” (Ilê), onde continuaram com os seus rituais e preceitos Africanos. As diversas origens das tribos, e as diversas regiões do Brasil onde se implantaram, deram origem às diversas Nações do Candomblé, onde o Ketu é tido como o mais tradicional.
A Umbanda, é até ao momento, a única religião criada no Brasil, foi fundada em 1917 na cidade de Niterói e reúne na sua filosofia, conhecimentos do Catolicismo, do Kardecismo, do Budismo, do Islamismo e do Candomblé, de onde tirou a forma de vestir dos médiuns (roupas de baianas), o uso dos atabaques (instrumentos de percussão) e a nomenclatura de sete dos Orixás (Oxalá, Iyemonjá, Oxun, Xangô, Oxósse, Exú e Nanã) – adoptando também para estes Orixás cores diferentes das utilizadas no Candomblé. A Umbanda portanto advém do sincretismo católico-feitichista, necessário numa época de grande repressão das religiões africanas no Brasil, em que era proibido o culto dos Orixás na sua forma de origem, e esta adaptação tornou-se necessária.
No Candomblé os cânticos são em línguas africanas (Iorubá ou Banto), dependendo da nação de origem daquele grupo. Os cânticos da Umbanda são em português. No Candomblé o culto é voltado unicamente aos Orixás que são considerados deuses e não espíritos. Na Umbanda trabalham com espíritos como caboclos, pretos-velhos e ciganos, entre outros. No candomblé, só os Orixás podem provocar a possessão; a nenhum espírito que tenha tido vida na terra, é permitido este fenómeno. Na Umbanda é permitida a incorporação de qualquer tipo de entidade.
Um dos pontos em que também Candomblé e Umbanda têm pontos de vista diferentes é no que se refere ao culto de uma das divindades mais conhecidas popularmente, por tanto se recorrer a ela para a realização de todo o tipo de trabalhos: Exú.
De tal forma que suscitou o comentário que se segue por parte das Associações Brasileiras de Candomblé em congresso recente:
É preciso que reconheçamos e respeitemos as diferenças regionais do Candomblé,  mas devemos também separar as coisas. O Candomblé Ketu tradicional não cultua pombagira, que é uma entidade comum em alguns terreiros, muito provavelmente por influencia da Umbanda.
Convém desfazer a confusão entre Exús (entidades) e Exú (Orixá).  
Os primeiros que muitas vezes possuem nomes que ressaltam características negativas e assustadoras, (…), são entidades que devem ser respeitadas, que tem o seu valor, mas que não pertencem,  de facto, ao Candomblé, cabendo à Umbanda (ou a quem as cultua) explicar as suas origens e funções
.”
( L. Candomblé A Panela do Segredo-84)
Umbanda e candomblé são duas religiões respeitáveis, porém tão distintas quanto o protestantismo e o catolicismo.