Pele de Gato

Pele de Gato
Samba Minha Vida

PELE DE GATO RECOMENDA

- Buraco do Galo - Em Oswaldo Cruz, Roda de Samba de primeira comandada por Edinho Oliveira com as maravilhosas Pastoras , ambiente familiar cerveja em garrafa e tira-gostos saborosos,vale apena conferir, todo primeiro sábado do mês - Rua Dna Vicência

- Sambastião - Na Rua do Russel - Glória , Roda de Samba apadrinhada por Ataulpho Alves Jr. acontece aos sábados na praça Luiz de Camões (grátis) horário de 15:00h as 22:00h. Cerveja gelada,caldos e tira-gostos maravilhosos.

- Terreiro de Crioulo - Na rua do Imperador 1075 - Realengo - acontece sempre nos segundos sábados de cada mês , muito partido Alto , Jongo e Sambas de Terreiros, a roda é comandada por Paulo Henrique Mocidade.

- Samba da Ouvidor - Esquina da Rua do Mercado e em frente a Rua do Ouvidor , acontece de 15 em 15 dias aos sábados com início ás 15:00h(confira datas no blog do Samba do Ouvidor)-

Vale a Pena Ver

- Noel Poeta da Vila -Filme contando parte da vida de Noel Rosa. -(Muito Bom)

- "O Mistério do Samba" - Documentário sobre a Velha Guarda da Portela. - (Ótimo)

- Música para os Olhos - Documentário sobre a vida de Cartola. - (Bom)
- Nas batidas do Samba - Documentário sobre a evolução do Samba.- (Ótimo)

- A Elegância do Samba - Documentário sobre a vida de Walter Alfaiate. - (Bom)

"UM SENHOR DE RESPEITO" - SÉRIE PUXANDO CONVERSA

PARTIDO ALTO

CLUBE DO SAMBA

MANO EDGAR - O MALANDRO MAIS FAMOSO DO ESTÁCIO !!!






"A Praça Onze anuncia: morreu o malandro mais famoso do Estácio de Sá"...

Assim é anunciado um lindo samba feito pelos meus amigos Tuco e Fernando Paiva em homenagem a um dos mais importantes sambistas do Estácio, o Mano Edgar.

Edgar Marcelino dos Passos, o famoso Mano Edgar era mulato malandro que trabalhava como ajudante de caminhão de entrega da Companhia de Cigarros Souza Cruz, mas na realidade vivia de jogo e das prostitutas do Mangue, zona oficializada no final dos anos 20 como o baixo meretrício. Foi compositor de poucos, porém excelentes sambas.

Edgar morreu cedo, assassinado na véspera de natal aos 29 anos de idade. Foi um dos grandes responsáveis pela criação do chamado "Samba de Sambar", ou apenas "Samba do Estácio", uma das mais ricas expressões da musica popular brasileira que nasceu com força total no bairro do Estácio de Sá e teve seu auge criativo entre os anos de 1928 e 1931.

Segundo Bide (Alcebíades Barcelos, inventor do surdo e um dos mais importantes nomes do Estácio) Mano Edgar foi o primeiro a fazer samba no Estácio. Depois de Mano Edgar e sua turma o samba nunca mais foi o mesmo.

No livro "Samba de Sambar do Estácio" de autoria do pesquisador Humberto Franceschi, a maior autoridade sobre o samba do Estácio ainda viva há uma passagem bastante interessante sobre a morte de Mano Edgar, inclusive com a transcrição de uma nota emitida por um jornal da época noticiando a morte prematura e brutal do sambista:

MORTE DE MANO EDGAR

Edgar Marcelino dos Passos, o Mano Edgar, ostentava elegância pitoresca no trajar, tanto no Mangue como fora dele. Exibia com orgulho fileira de dentes de ouro. Ambas as vaidades só possíveis pelo jogo, pelas mulheres do mangue, jamais pelo emprego modesto de ajudante de caminhão.

A morte de Mano Edgar, em seguida à de Nilton Bastos, determinou o início da morte do próprio Estácio. O desaparecimento de ambos deixou uma lacuna nunca preenchida. Ao lado de Ismael Silva e Alcebíades Barcellos, Edgar pode ser considerado dos mais importantes compositores da primeira fase, ainda como integrante do grupo que produziu música apenas para o desfile do bloco do Estácio no carnaval da praça Onze. Bide afirmou que Edgar foi o primeiro a fazer samba no Estácio.

A circunstância trágica de sua morte não foi fato surpreendente para o meio, mas estabeleceu marco divisório na integridade do conjunto do Estácio. Os jornais a noticiaram com a simplicidade da rotina das seções de polícia, em 25 de dezembro de 1931. Uma das notas mais extensas descrevia:

Pelas costas e de surpresa!

Matou o desafeto com certeiro tiro na nuca e evadiu-se. O autor do crime é um liberado condicional.

O crime de morte ocorrido ontem à noite na Cidade Nova revolta pela requintada covardia com que foi praticado. Um indivíduo de péssimos precedentes, que há pouco saíra da prisão beneficiado por um imerecido sursis, abateu pelas costas e de surpresa um seu antigo desafeto, evadindo-se depois.

Verificou-se o fato à porta da casa n° 40 da rua Carmo Neto, onde há pouco funcionou uma barbearia de propriedade de Ernestino Mendes de Almeida, que ali ainda reside. Depois de ter fechado, conversava Ernestino à porta da casa com seu amigo Edgard Marcelino dos Passos, de 32 anos, brasileiro, solteiro, ajudante de caminhão da Cia. de Cigarros Souza Cruz, morador à rua Senador Euzébio, 538, quando aproximou-se sorrateiramente o "bicheiro" conhecido pelo vulgo de " Mulatinho ".

Os dois homens não perceberam e o recém-chegado, aproximando-se de Edgard, sacou num gesto rápido de um revólver e alvejou certeiro tiro na nuca, prostrando-o ao solo, moribundo.

Ao que ficou apurado na delegacia do I4° distrito, "Mulatinho", que é bicheiro conforme dissemos linhas acima, tornou-se inimigo da vítima por questões relativas àquele jogo. Ainda ontem à tarde, ambos tiveram forte discussão e Mulatinho, incapaz de enfrentar Edgard, se retirara planejando vingança que mais tarde pôs em prática perversa e covardemente.

O criminoso é Antônio José da Silva.

Edgard é o autor de "Quem eu deixar não quero mais"

(Recorte não identificado, colação de Humberto Franceschi)
(Matéria retirada do Blog Receita do Samba)

PAULO VANZOLINI - UM HOMEM DE MORAL

Paulo era descendente de Italianos, seu pai, o engenheiro Carlos Alberto Vanzolini, foi com a família para o Rio de janeiro quando Paulo tinha quatro anos. A família voltou para São Paulo dois anos depois, em 1930. Paulo cursou o primário no Colégio Rio Branco e o ginásio em escola pública. onde se formou em 1938. Em 1942 ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de São paulo. Junto com um grupo de estudantes, passou a frequentar as rodas boêmias e a compor seus primeiros sambas.
Em 1944, deixou a casa dos pais e começou a trabalhar com um primo, Henrique Lobo, na Rádio Américaa, no programa Consultório Sentimental, de Cacilda Becker. Em seguida, foi convocado para o Exército, interrompendo os estudos. Dois anos depois retomou o curso de Medicina, passou a lecionar no Colégio Bandeirantes e começou a trabalhar no Museu de Zoologia, da Universidade de São Paulo.
Formou-se em 1947 e casou-se em 1948, com Ilse. No ano seguinte, foi para os Estados Unidos, onde obteve o doutorado em Zoologia pela Universidade de Harvard.
Em 1951, por insistência do amigo Geraldo Vidigal, publicou pelo Clube de Poesia o livro Lira de Paulo Vanzolini. No mesmo ano, compôs o samba "Ronda".
Em 1953, foi convidado por Raul Duarte para trabalhar na TV Record, produzindo os programas de Araci de Almeida. Nesse ano, o cantor Bola Sete fez a primeira gravação de "Ronda", acompanhado por Garoto e Meneses, nas cordas, Mestre Chiquinho no acordeão e Abel na clarineta.
Em 1959, o violonista José Henrique, dono da boate Zelão, mostrou o samba "Volta por Cima" ao cantor Noite Ilustrada, que o lançou em 1963, pela Philips, com estrondoso sucesso. Nesse mesmo ano, Paulo Vanzolini foi nomeado diretor do Museu de Zoologia, cargo que exerceu durante trinta anos. Mesmo depois de se aposentar em 1993, continuou trabalhando na instituição. "É a única coisa de que gosto, a única coisa que sei fazer", declarou à revista Scientific American Brasil em 2002.
Em novembro de 1967, Luís Carlos Paraná, da boate Jogral, e Marcus Pereira, dono de uma agencia de publicidade, resolveram produzir um LP com as composições inéditas de Paulo Vanzolini, conhecidas apenas por seus amigos frequentadores das mesmas rodas de samba.

ABAIXO O DOCUMENTÁRIO "UM HOMEM DE MORAL"


ENREDOS - DOCUMENTÁRIO

DOCUMENTÁRIO SOBRE O SAMBA DE TERREIRO COM PARTICIPAÇÃO DE BAMBAS DA IMPÉRIO SERRANO, PORTELA, MANGUEIRA E VILA ISABEL.