A comunidade negra de Pinheiral perpetuou a dança do jongo, passando-a de geração em geração, preservada por moradores e familiares desta cidade. Onde foi e tudo faz crer que sempre será terra de jongueiros. Pois o Jongo de pinheiral chama atenção por sua originalidade , tradição e por seus belíssimos pontos que são acompanhados por seus dois tambores o tambor grande e o candongueiro, o macuco (pedaço de pau utilizado para fazer o contra tempo entre os tambores).
Atualmente , o jongo de Pinheiral está sob responsabilidade do Centro de referência de Estudo Afro do Sul Fluminense (CREASF), ONG fundada em 1998 que no dia 6 de junho de 2009 foi inaugurada a sede do Ponto de cultura projeto em parceria com o ministério da cultura cujo nome é Centro de referência do jongo de pinheiral,este projeto têm três vertentes: a biblioteca afro , culinária afro e a preservação da dança do jongo e o espaço onde recebemos estudantes, professores e o público em geral que visam o conhecimento á cultura afro do vale do café.
O jongo em dezembro de 2005 foi tombado como patrimônio histórico cultural imaterial do Brasil pelo governo federal cuja mais uma conquista para todas as comunidades jongueiras que lutam pela preservação da cultura.
Na época do Brasil-Colônia, cuja maior lembrança que se tem é com relação à comercialização de negros, vindos da África, para trabalhar como escravos nas fazendas cafeeiras dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, pouco se fala da riquíssima influência trazida por eles - fundamental na formação da cultura brasileira. Hoje, se têm as folias de reis, os choros, as rodas de samba e as de viola, as congadas, os catiras e mais uma série de manifestações culturais é graças a essa mistura de raças, reforçada com a vinda dos negros para o Brasil.
Aos poucos, a marca negativa registrada na memória de muitos afro-descendentes se dilui mediante aos reconhecimentos e às homenagens recebidas por órgãos e autoridades nacionais, como aconteceu no último dia 15 de dezembro, quando o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) conferiu ao Jongo do Sudeste o título de patrimônio cultural do Brasil.
Preservado por 12 comunidades, que têm em média 60 jongueiros cada, o Jongo do Sudeste é uma dança de roda e de umbigada dançada para o divertimento, mas uma atitude mística ainda permeia a festa. "Antigamente, só os mais velhos podiam entrar na roda. Os jovens ficavam de fora observando. Os antigos eram muito rígidos com os mais novos e exigiam muita dedicação e respeito para ensinar os segredos do Jongo e os fundamentos dos seus pontos", relembra a coordenadora do Jongo de Pinheiral, Maria de Fátima Santos, a Fatinha, que há 30 anos participa das rodas de Jongo.
Hoje, para manter viva a tradição, já são permitidas crianças na roda de Jongo. "Queremos que nossa cultura perdure pelos tempos, por isso precisamos transmiti-la de geração em geração", justifica a coordenadora, que conta com a presença de 10 crianças, no grupo de 60 jongueiros. Entretanto, para decifrar o significado dos pontos, só mesmo jongueiros muito experientes, uma vez que os pontos têm linguagem metafórica cifrada. "Não é tão simples criar um novo ponto. Esta é uma habilidade encontrada só nos mais antigos, por isso, na maioria de nossas rodas, são cantados os pontos mais populares, conhecidos pelos participantes", detalha Fatinha.
Nessas comunidades, é costume dançar o Jongo no dia 13 de maio, consagrado aos pretos-velhos, nos dias de santos católicos de devoção das comunidades, nas festas juninas, nos casamentos e, mais recentemente, em apresentações públicas, como é o caso do Jongo da Serrinha, na capital carioca que, desde a década de 90, passou a fazer shows, com o intuito de preservar o último núcleo de Jongo da cidade.
Local - Na região Sul Fluminense, a dança foi fortalecida com a criação do CREASF (Centro de Referência Afro do Sul Fluminense), em 1998. Nessa trajetória, o Centro vem realizando fóruns, palestras em escolas e encontros, com o objetivo de trabalhar a cultura afro e suas manifestações. O CREAF possui ainda uma pequena biblioteca, fitas de vídeo e fotos com o registro de todas as participações do grupo (diário do vale/fernanda caldas)
Atualmente , o jongo de Pinheiral está sob responsabilidade do Centro de referência de Estudo Afro do Sul Fluminense (CREASF), ONG fundada em 1998 que no dia 6 de junho de 2009 foi inaugurada a sede do Ponto de cultura projeto em parceria com o ministério da cultura cujo nome é Centro de referência do jongo de pinheiral,este projeto têm três vertentes: a biblioteca afro , culinária afro e a preservação da dança do jongo e o espaço onde recebemos estudantes, professores e o público em geral que visam o conhecimento á cultura afro do vale do café.
O jongo em dezembro de 2005 foi tombado como patrimônio histórico cultural imaterial do Brasil pelo governo federal cuja mais uma conquista para todas as comunidades jongueiras que lutam pela preservação da cultura.
Na época do Brasil-Colônia, cuja maior lembrança que se tem é com relação à comercialização de negros, vindos da África, para trabalhar como escravos nas fazendas cafeeiras dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, pouco se fala da riquíssima influência trazida por eles - fundamental na formação da cultura brasileira. Hoje, se têm as folias de reis, os choros, as rodas de samba e as de viola, as congadas, os catiras e mais uma série de manifestações culturais é graças a essa mistura de raças, reforçada com a vinda dos negros para o Brasil.
Aos poucos, a marca negativa registrada na memória de muitos afro-descendentes se dilui mediante aos reconhecimentos e às homenagens recebidas por órgãos e autoridades nacionais, como aconteceu no último dia 15 de dezembro, quando o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) conferiu ao Jongo do Sudeste o título de patrimônio cultural do Brasil.
Preservado por 12 comunidades, que têm em média 60 jongueiros cada, o Jongo do Sudeste é uma dança de roda e de umbigada dançada para o divertimento, mas uma atitude mística ainda permeia a festa. "Antigamente, só os mais velhos podiam entrar na roda. Os jovens ficavam de fora observando. Os antigos eram muito rígidos com os mais novos e exigiam muita dedicação e respeito para ensinar os segredos do Jongo e os fundamentos dos seus pontos", relembra a coordenadora do Jongo de Pinheiral, Maria de Fátima Santos, a Fatinha, que há 30 anos participa das rodas de Jongo.
Hoje, para manter viva a tradição, já são permitidas crianças na roda de Jongo. "Queremos que nossa cultura perdure pelos tempos, por isso precisamos transmiti-la de geração em geração", justifica a coordenadora, que conta com a presença de 10 crianças, no grupo de 60 jongueiros. Entretanto, para decifrar o significado dos pontos, só mesmo jongueiros muito experientes, uma vez que os pontos têm linguagem metafórica cifrada. "Não é tão simples criar um novo ponto. Esta é uma habilidade encontrada só nos mais antigos, por isso, na maioria de nossas rodas, são cantados os pontos mais populares, conhecidos pelos participantes", detalha Fatinha.
Nessas comunidades, é costume dançar o Jongo no dia 13 de maio, consagrado aos pretos-velhos, nos dias de santos católicos de devoção das comunidades, nas festas juninas, nos casamentos e, mais recentemente, em apresentações públicas, como é o caso do Jongo da Serrinha, na capital carioca que, desde a década de 90, passou a fazer shows, com o intuito de preservar o último núcleo de Jongo da cidade.
Local - Na região Sul Fluminense, a dança foi fortalecida com a criação do CREASF (Centro de Referência Afro do Sul Fluminense), em 1998. Nessa trajetória, o Centro vem realizando fóruns, palestras em escolas e encontros, com o objetivo de trabalhar a cultura afro e suas manifestações. O CREAF possui ainda uma pequena biblioteca, fitas de vídeo e fotos com o registro de todas as participações do grupo (diário do vale/fernanda caldas)