Pele de Gato

Pele de Gato
Samba Minha Vida

PELE DE GATO RECOMENDA

- Buraco do Galo - Em Oswaldo Cruz, Roda de Samba de primeira comandada por Edinho Oliveira com as maravilhosas Pastoras , ambiente familiar cerveja em garrafa e tira-gostos saborosos,vale apena conferir, todo primeiro sábado do mês - Rua Dna Vicência

- Sambastião - Na Rua do Russel - Glória , Roda de Samba apadrinhada por Ataulpho Alves Jr. acontece aos sábados na praça Luiz de Camões (grátis) horário de 15:00h as 22:00h. Cerveja gelada,caldos e tira-gostos maravilhosos.

- Terreiro de Crioulo - Na rua do Imperador 1075 - Realengo - acontece sempre nos segundos sábados de cada mês , muito partido Alto , Jongo e Sambas de Terreiros, a roda é comandada por Paulo Henrique Mocidade.

- Samba da Ouvidor - Esquina da Rua do Mercado e em frente a Rua do Ouvidor , acontece de 15 em 15 dias aos sábados com início ás 15:00h(confira datas no blog do Samba do Ouvidor)-

Vale a Pena Ver

- Noel Poeta da Vila -Filme contando parte da vida de Noel Rosa. -(Muito Bom)

- "O Mistério do Samba" - Documentário sobre a Velha Guarda da Portela. - (Ótimo)

- Música para os Olhos - Documentário sobre a vida de Cartola. - (Bom)
- Nas batidas do Samba - Documentário sobre a evolução do Samba.- (Ótimo)

- A Elegância do Samba - Documentário sobre a vida de Walter Alfaiate. - (Bom)

"UM SENHOR DE RESPEITO" - SÉRIE PUXANDO CONVERSA

PARTIDO ALTO

CLUBE DO SAMBA

LUGARES,SAMBAS E BAMBAS 05


LAPARUA JOAQUIM SILVA



Conhecido como berço da boemia carioca, também é famoso pela arquitetura, a começar pelos Arcos - conhecidos como Arcos da Lapa, construídos para funcionarem como aqueduto nos tempos do Brasil Colonial e que agora servem como via para os bondinhos que sobem o morro de Santa Tereza.
O Aqueduto da Carioca é considerado a obra arquitetônica de maior importância do Rio Antigo e um dos principais símbolos da cidade. A imponente construção em estilo romano tem 17,6 metros de altura, 270 metros de extensão e 42 arcos que ligam o bairro de Santa Teresa ao Morro de Santo Antônio. O Aqueduto da Carioca foi construído em 1723, no período do Brasil Colonial, e tinha como objetivo conduzir a água do rio Carioca da altura do Morro do Desterro, atual bairro de Santa Teresa, para o Morro de Santo Antônio. A obra ajudaria a resolver o problema da falta de água na cidade. Problema este que já era antigo. Os estudos para trazer as águas do rio Carioca para a cidade começaram nos primeiros anos do século XVII, mas as obras de instalação de canos de água no Rio de Janeiro só tiveram início um século depois.
Residiram na Lapa: Machado de Assis (cujos imóveis foram tombados) e diversos de seus personagens, Carmem Miranda, Manuel Bandeira, Jorge Amado (em momento de sua vida), Péricles Maranhão (autor de "O amigo da onça"), Lamartine Babo, Orestes Barbosa, Villa-Lobos, Silvio Santos (nascido no bairro), etc.

Nos últimos tempos o paisagismo da Lapa sofreu significativas alterações. Onde era o Largo dos Pracinhas
 (uma praça anexa aos arcos) hoje existe um enorme Circo Voador. A Rua dos Arcos, que atravessa o aqueduto, era uma via ocupada por edificações centenárias, entre elas a Fundição Progresso, que hoje é uma casa de shows. O bairro nasce no final da zona sul, quando a rua da Glória torna-se rua da Lapa. Também faz limite com o bairro de Santa Teresa, subindo suas ladeiras e o pequeno Bairro de Fátima.
Na tentativa de resgatar a vocação residencial do bairro foi criado o Movimento Eu Sou da Lapa. Inspirado na famosa campanha I love NY, que ajudou a revitalizar a cidade americana que estava em decadência na década de 1970, o movimento busca resgatar o orgulho de dizer “Eu sou da Lapa”. Com o apoio do poder público e a adesão da maioria dos estabelecimentos comerciais da Lapa, o Eu Sou da Lapa foi espalhado pela cidade, mas com poucas conquistas efetivas na área de segurança, reinserção da população de rua e combate ao crime, antigas reclamações dos moradores aos poderes públicos.

Outrora famosa por inspirar tipos como Madame Satã, e é claro, os malandros cariocas que tanto habitaram as páginas literárias dos nossos autores, a Lapa é hoje ponto de referência absoluta para os amantes da vida noturna. Uma das características marcantes do bairro é a absoluta harmonia com que convivem as mais diversas tribos musicais. Desde os anos 1950, quando começou a ser chamada de "Montmartre Carioca", a Lapa é palco de encontro de intelectuais, artistas, políticos e, principalmente, do povo carioca, que ali se reúne para celebrar o Samba,o forró, a MPB, o Choro e mais recentemente,a música eletrônica e o Rock.
Por suas principais vias, Rua Men de Sá, Rua do Riachuelo (antiga Rua Matacavalos, freqüentemente mencionada na obra de Machado de Assis), Av. Chile, Rua Gomes Freire e Rua do Lavradio, espalham-se atrações como a Sala Cecília Meireles, que é considerada a melhor casa para concertos de Música de Câmera existente no Rio.
Nos últimos anos o bairro consolidou-se como o segundo maior destino de turistas estrangeiros na cidade, ficando atrás apenas de Copacabana.
O Passeio Público, a Escola Nacional de Música e a Igreja de Nossa Senhora da Lapa do Desterro são referências para o turista que quer ver uma boa amostra da arquitetura do Rio antigo. A Catedral Metropolitana (na moderna Avenida Chile), adorada por uns, criticada por outros, é outro ponto de referência do bairro. Bares como Belmonte, Taberna e Buteko do Juca, Antônio´s, Arco Iris, Mas é o Benedito, etc. caíram no gosto do público, por seu cardápio diversificado.
As escadarias Selarón são outro ponto marcante do bairro e fica na Rua Joaquim Silva, onde a Lapa que todos conhecem hoje em dia começou a renascer. Nas décadas de 80 e  90 os casarões que hoje são bares, boates e restaurantes eram abandonados ou serviam de cortiços ,ferro velhos e fábricas de carvão.Um dos primeiros bares a serem abertos foi o de Carlos Caveira(Grande centro - avante do Aterro do Flamengo) onde rolava todas as sextas uma Roda de Samba com o pessoal da “área” (Lapa,Glória e centro) .

Depois, na carona do sucesso que começava fazer a Lapa,surgiram artistas como Teresa Cristina e o Grupo Casuarina, Ernesto, Café Cultural Sacrilégio, além do Rio Scenarium, do Bar e Restaurante Gabinete, e do Carioca da Gema, onde reinam absolutas as Rodas de Samba. Recentemente foi inaugurada a gafieira Lapa 40º, na Rua do Riachuelo, ao lado do tradicional Clube dos Democráticos, onde há espaço para o forró, o choro e o samba de gafieira.
Para o público que prefere a música eletrônica e os shows de rock, destacam-se, dentre outros, a Fundição Progresso e Circo Voador, reinaugurado em 2004.
A Lapa possui uma infinidade de bares e casas de shows que atendem a todos os gostos. Só para se ter uma idéia da atual "efervescência" do bairro mais de 15 novos estabelecimentos foram abertos apenas em 2009.
BECO DO RATO

Num charmoso cantinho da Joaquim Silva, na Lapa, funciona desde 2005 o Beco do Rato, lugar de música boa, cultura, gente bonita, personalidades, cerveja gelada e ótimos petiscos. No comando do balcão está Márcio Pacheco. O mineiro de Itabirito incorporou como poucos o espírito do carioca, oferecendo aos seus clientes e amigos opções de lazer e gastronomia.
O Beco já foi palco para o gogó de Luiz Melodia, Toninho Geraes, Wilson Moreira, Moacyr Luz, Tia Surica, Beth Carvalho, Ubirani, do Fundo de Quintal, Wanderley Monteiro, Iracema Monteiro, Zé Luiz do Império, Paulão Sete Cordas, o saudoso Walter Alfaiate, entre muitos outros.
CIDADÃO DA LAPAMADAME SATÃ
                   
João Francisco dos Santos (Glória do Goitá, 25 de fevereiro de 1900  Rio de Janeiro 11 de abril de 1976), mais conhecido como Madame Satã, foi um transformista brasileiro,
personagem emblemático da vida noturna e marginal do Rio de Janeiro na primeira metade do século XX.
Criado numa família de dezessete irmãos, João Francisco chegou a ser trocado, quando criança, por uma égua. Jovem, foi para Recife, onde viveu de bicos. Posteriormente, mudou-se para o Rio, indo morar no bairro da Lapa. Analfabeto, o melhor emprego que conseguiu foi o de carregador de marmitas. Mas há quem diga que foi cozinheiro de mão-cheia. Foram fatores de sua marginalização o fato de ser negro, pobre e homossexual.
Dotado de uma índole irônica e extrovertida, Santos logo pegou gosto pelo carnaval carioca. Foi assim que, em 1942, ao desfilar no bloco de rua Caçador de Veados, surgiu seu apelido. O transformista se apresentou com a fantasia Madame Satã, inspirada em filme homônimo de Cecil B.De Mille.
Era freqüentador assíduo do bairro da Lapa, (reduto carioca da malandragem e boemia na década de 1930), onde muitas vezes trabalhou como segurança de casas noturnas. Cuidava que as meretrizes não fossem vítimas de estupro ou de agressão.
Foi preso várias vezes, chegando a ficar confinado ao presídio da Ilha Grande em uma delas acusado de ter matado o Grande Sambista Geraldo Pereira. Freqüentemente, Madame Satã enfrentava a polícia, sendo detido por desacato à autoridade. Exímio capoerista, lutou por diversas vezes contra mais de um policial, geralmente em resposta a insultos que tivessem como alvo mendigos, prostitutas, travestis e negros.
É considerado uma referência na cultura marginal urbana do século XX.
Faleceu logo após a sua última saída da prisão, em abr/1976, morando em sua casa que hoje em dia é um camping.
No ano de 2002, foi rodado no Brasil um filme sobre sua vida, que leva o também o nome de Madame Satã, que recebeu diversos prêmios nacionais e internacionais. Nesse filme, João Francisco dos Santos foi interpretado pelo ator Lázaro Ramos.