Pele de Gato

Pele de Gato
Samba Minha Vida

PELE DE GATO RECOMENDA

- Buraco do Galo - Em Oswaldo Cruz, Roda de Samba de primeira comandada por Edinho Oliveira com as maravilhosas Pastoras , ambiente familiar cerveja em garrafa e tira-gostos saborosos,vale apena conferir, todo primeiro sábado do mês - Rua Dna Vicência

- Sambastião - Na Rua do Russel - Glória , Roda de Samba apadrinhada por Ataulpho Alves Jr. acontece aos sábados na praça Luiz de Camões (grátis) horário de 15:00h as 22:00h. Cerveja gelada,caldos e tira-gostos maravilhosos.

- Terreiro de Crioulo - Na rua do Imperador 1075 - Realengo - acontece sempre nos segundos sábados de cada mês , muito partido Alto , Jongo e Sambas de Terreiros, a roda é comandada por Paulo Henrique Mocidade.

- Samba da Ouvidor - Esquina da Rua do Mercado e em frente a Rua do Ouvidor , acontece de 15 em 15 dias aos sábados com início ás 15:00h(confira datas no blog do Samba do Ouvidor)-

Vale a Pena Ver

- Noel Poeta da Vila -Filme contando parte da vida de Noel Rosa. -(Muito Bom)

- "O Mistério do Samba" - Documentário sobre a Velha Guarda da Portela. - (Ótimo)

- Música para os Olhos - Documentário sobre a vida de Cartola. - (Bom)
- Nas batidas do Samba - Documentário sobre a evolução do Samba.- (Ótimo)

- A Elegância do Samba - Documentário sobre a vida de Walter Alfaiate. - (Bom)

"UM SENHOR DE RESPEITO" - SÉRIE PUXANDO CONVERSA

PARTIDO ALTO

CLUBE DO SAMBA

LUGARES,SAMBAS E BAMBAS 06


SERRINHA - IMPÉRIO SERRANO

Grêmio Recreativo Escola de Samba Império Serrano é uma das mais tradicionais escolas de samba da cidade do Rio de Janeiro, que foi campeã do Grupo Especial por nove vezes.
MOSÁICO COM SIMBOLO IMPERIANO
Um dos principais orgulhos de seus integrantes é a gestão democrática e aberta da escola, implantada desde a sua fundação. Sua história se confunde com a própria história da Serrinha, embora sua sede fique na Av. Ministro Edgar Romero, ao lado da Estação Mercadão de Madureira, mas no mesmo bairro Madureira.    
                                              
             BAR NA QUADRA DO IMPÉRIO                 
Nasce a 23 de março de 1947 a partir de uma dissidência da antiga escola de samba Prazer da Serrinha. Sua Ala de Compositores é uma das mais respeitadas, tendo em sua história nomes como Silas de Oliveira, Mano Décio da Viola, Aniceto do Império, Molequinho, Dona Yvone Lara (primeira mulher a fazer parte de uma ala de compositores de escola de samba),Beto Sem Braço, Aluísio Machado, Arlindo Cruz, só para citar alguns dentre tantos.

 DONA YVONE LARA
Sua história é coroada por belíssimos sambas, verdadeiros clássicos do samba enredo como Aquarela Brasileira (1964) e (2004), Exaltação a Tiradentes (1949),Os Cinco Bailes da História do Rio (1965), Heróis da Liberdade (1969), Bumbum Paticumbum Prugurundum (1982), entre outros.
Em 1946, Mano Décio da Viola e Silas de Oliveira, então integrantes da Prazer da Serrinha, haviam composto o samba Conferência de São Francisco para o carnaval, mas no momento de desfile, o presidente da escola, Alfredo Costa, resolveu que a escola desfilaria com outro samba. A confusão gerou problemas de harmonia, o que levou a Prazer da Serrinha a terminar em 11º lugar. Descontentes, Mano Décio da Viola, Silas de Oliveira, Sebastião de Oliveira (Molequinho), entre outros, em reunião na casa de Dona Eulália do Nascimento(Tia Eulália), decidiram fundar uma nova agremiação, a qual deram o nome de Império Serrano, uma homenagem ao Império da Tijuca, sua escola madrinha. 
JORGINHO DO IMPÉRIO E MANO DÉCIO DA VIOLA                             
  SILAS DE OLIVEIRA

Seu primeiro presidente foi João Gradim, que era irmão de Molequinho e Dona Eulália, e genro do dirigente de carnaval Mano Elói. Em seu primeiro desfile, a escola sagrou-se campeã, no ano de 1948  ano em que ainda não havia a divisão do Carnaval entre grupo principal e divisões inferiores. Começava a surgir, no entanto, a disputa política entre as entidades representativas UGES e FBES, sendo o Império filiado a esta última. Apenas as escolas filiadas a FBES teriam recebido verbas públicas, uma retaliação do poder municipal a proximidade entre a UGES (depois UGESB) e o PCB.
A presença de Irênio Delgado, considerado pela Portela e Mangueira como simpatizante do Império Serrano, aprofundou a cisão, levando a organização de mais de um concurso nos três anos seguintes, um por cada entidade representativa (UGESB, FBES e a efêmera UCES, que só durou um ano). No concurso da FBES, o Império Serrano venceu nos três anos, obtendo o tetra-campeonato consecutivo.
Com a reunificação do carnaval em 1952 a partir da criação da AESCRJ, não houve julgamento dos desfiles do grupo principal daquele ano, o que fez com que apenas em seu sexto carnaval a escola da Serrinha não conquistasse o título, sendo vice-campeã em 1953 e 1954. Venceu novamente em 1955 e 1956, posicionando-se a partir de então como uma das forças mais tradicionais do Carnaval carioca de então, ao lado de Portela, Mangueira e Salgueiro.
Em 1975 a escola escolheu como enredo "Zaquia Jorge, Vedete do Subúrbio, Estrela de Madureira", sendo a disputa interna vencida pelo compositor Avarese. No entanto, o samba que ficou em segundo lugar, composto por Acyr Pimentel e Cardoso, acabou sendo gravado por Roberto Ribeiro sob o título "Estrela de Madureira", e se tornou um clássico do samba, e também uma espécie de hino da escola, tornando-se muito mais famoso que o samba vencedor daquele ano.
                                            
 ROBERTO RIBEIRO
No ano de 1981, é lançado o livro "Serra, Serrinha, Serrano: o Império do Samba", de Raquel Valença e Suetônio Valença, até hoje considerado uma referência sobre a história da escola.
Em 1982, a cantora Clara Nunes gravou o Serrinha (samba em homenagem à escola), escrito por Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro.
Também na década de 1980, a escola teve grandes momentos com enredos criados por Fernando Pamplona, desenvolvidos por outros carnavalescos, como Mãe Baiana Mãe (1983), Foi malandro é (1984), Eu Quero (1986), Com a boca no mundo, quem não se comunica se trumbica (1987) e Para com isso, dá cá o meu (1988). Destaque para Bumbum Praticumbum Prugurundum, de 1982, quando as carnavalescas Rosa Magalhães e  Lucia Lacerda deram ao Império Serrano seu último título da primeira divisão, após um jejum de dez anos.
Na década de 1990, a escola enfrentou sérios problemas de política interna que redundaram em três rebaixamentos (1991,1997 e 1999).
O Império voltou à elite do carnaval em 2001, mas ainda permaneceu lutando com dificuldade para permanecer no Grupo Especial. Nesse ano, trouxe um samba de Arlindo Cruz, Maurição, Carlos Sena e Elmo Caetano, que foi considerado pela crítica como o mais bonito do ano, e que contava a história da Resistência, como era chamado o Sindicato dos Estivadores do Rio de Janeiro, ao qual vários dos primeiros integrantes da escola foram ligados. Porém um defeito no principal carro alegórico, formado por um contêiner que se abriria durante o desfile, inviabilizou a surpresa que a escola havia preparado, o que certamente deve ter lhe tirado pontos preciosos.
Em 2004, o Império reeditou "Aquarela Brasileira", considerado um dos sambas-enredo mais bonitos da história, e mesmo com problemas financeiros e disputas internas, levantou o público no Sambódromo, mas acabando longe do título na classificação final. Em 2007, a escola caiu novamente para o grupo de acesso A, sagrando-se a campeã deste grupo em 2008 com o enredo Taí, eu fiz tudo para você gostar de mim. A escola regressará ao Grupo Especial.
Para o carnaval de 2009, após o retorno ao Grupo especial e a reeleição de Humberto Soares Carneiro para a presidência da escola, Márcia Lage estreou carreira solo como carnavalesca. Após anos trabalhando junto a seu esposo Renato Lage, ela reeditou o enredo de 1976, Lenda das sereias rainha do mar, com o título alterado para Lendas das sereias, mistérios do mar, samba este que também já fora reeditado pela Inocentes de Belford Roxo em 2006. A escola também trouxe de volta o intérprete Nêgo. Apesar do investimento, o Império terminou na 12ª colocação, voltando para o Grupo de Acesso.
Em 2010, trouxe a carnavalesca Rosa Magalhães e apresentou um enredo sobre o personagem João do Rio, onde obteve um 6º lugar. Após o carnaval, seu presidente Humberto Soares Carneiro renunciou, forçando uma nova eleição, para um mandato tampão, que ocorreu em julho de 2010, e terminou com um empate entre os candidatos Vera Lúcia Correa Souza e Helton Dias, ambos com 204 votos. A primeira, por ser integrante da agremiação há mais tempo, foi eleita a presidente.
 Velha Guarda do Império Serrano
Na quadra do Império Serrano e servida no 2º sábado de cada mês uma bela feijoada com  a apresentações da velha Guarda do Império, show da bateria e apresentação de Jorginho do Império .

 GRANDE RODA DE SAMBA NO MORRO DA SERRINHA(GRAVAÇÃO DO DVD DE ARLINDO CRUZ)
 NA RODA: MARCELO D2, XANDE DE PILARES ,ARLINDO CRUZ ,MAURO DINIZ ,ANDREZINHO ,MARIA RITA  E OVÍDIO BRITO


CIDADÃO DA SERRINHAANICETO DO IMPÉRIO

Aniceto de Menezes e Silva Jr. nasceu no bairro do Estácio.
Devido à sua facilidade de expressão, seus professores consideravam que ele prejudicava as aulas, devido a suas intervenções acima da média das de seus colegas. Deixou os estudos em 1926, antes de completar o primário. No Império Serrano, teve o cargo de orador oficial da escola.
Aniceto dividia sua vida entre o samba e o Cais do Porto, onde era estivador e o líder do Sindicato dos Arrumadores. O Cais do Porto era uma área de malandragem, onde vários sambistas trabalhavam, por serem de origem negra ou pobre. Aniceto se reunia com os outros sambistas, depois do horário do trabalho, para cantar sambas batucadas ou duros, sempre terminando num gostoso partido alto, com o destaque do próprio, que mandava seus versos de improviso, que eram admirados por todos os presentes).
Pouco antes de morrer, Aniceto foi entrevistado para o documentário Fio da Memória. Tratava-se da sua última performance, pois quando lhe perguntaram sobre o seu estilo de samba baseado em improviso (Partido Alto), começou a compor versos em ritmo de entrevista, encabulando o repórter, que por sua vez, preferiu mudar de assunto. Foi-lhe indagado sobre sua doença ( diabetes ), ele deixou entender que não se lamentava, e até deu graças a Deus por isso. Como justificativa finalizou dizendo: Ele (Deus) sabe o que faz e eu não sei o que quero".
 cego, faleceu em 1993.