Este documentário me fez entender um pouco mais a mudança no comportamento e no andamento de nossas Escolas de Samba. É muito simples...na segunda metade do século XIX, o Rio de Janeiro começou a receber os Negros alforriados e vindos de todas as partes do Brasil, principalmente da Bahia, que ocuparam os morros do centro da Cidade como Pedra do Sal , Morro da Conceição e o Morro da Favela que foi ocupado pelos Negros vindos da Guerra de Canudos. Bem, como todos sabem o Samba e oriundo da África(chamado Semba) é só reparar que neste documentário o ritmo e a forma de dançar se assemelha a rituais religiosos Africanos, isso porque 99,99999 % dos integrantes da escola eram Negros que moravam nos morros ou bairros de onde eram as Escolas. Com o passar dos anos além do que já se comenta,(que as escolas estão super inchadas, que o samba parece frevo, que o pobre não tem mais espaço e por ai a fora) a população que habitava os Morros da cidade foi mudando, hoje já não temos como grande parte dos moradores de Favelas os Negros e sim Nordestinos vindos em sua maioria da Paraíba, Ceará e de Pernambuco, onde a cultura musical é outra (Frevo,Maracatu,Forró ......), não que dizer que o que temos hoje é ruim por causa disso, mas que é um dos motivos, me parece bem claro, não só no comportamento das Escolas como também no comportamento das próprias comunidades.
O Samba é um espaço democrático, tem espaço para todos, independente de Cor, Raça e Sexo, porém é bom lembrar que o SAMBA É E SEMPRE SERÁ ORIGINALMENTE CULTURA DO POVO NEGRO representados aqui no Rio de Janeiro pelas Tias Baianas, pelos Bambas dos Morros do Estácio, Mangueira e Subúrbio de Oswaldo Cruz.